O Acre registrou uma diminuição significativa no número de óbitos em 2022, com uma queda de 25% em comparação com o ano anterior, de acordo com dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira, 27, pelo IBGE.
Em números concretos, o estado registrou mais de 3,9 mil mortes em 2022, em contraste com as mais de 5,3 mil ocorridas em 2021.
Os dados revelam que o Acre figura entre as cinco unidades da federação com a maior queda percentual no número de óbitos, se mantendo na terceira posição do ranking, atrás apenas do Amazonas (-29,9%) e Rondônia (-26,6%).
Distrito Federal (-24,0%) e Roraima (-23,6%) também estão na lista das maiores quedas nas mortes. Por outro lado, Piauí (-6,3%), Bahia (-6,9%), Paraíba (-6,9%), Alagoas (-7,2%) e Rio Grande do Norte (-8,8%) tiveram os menores recuos.
Dos óbitos registrados em 2022, a maioria, 3.735, foi classificada como de natureza natural, enquanto 252 foram por causas violentas, representando um aumento de 27,3% em relação ao ano anterior.
A faixa etária mais afetada foi a de 50 a 79 anos, com 1.878 óbitos, seguida por 80 anos ou mais, com 953 mortes. Mais de 300 pessoas menores de 15 anos morreram no Acre em 2022.
O estudo mostra que o Acre vinha registrando um decrescimento nos números de óbitos. Em 2018, por exemplo, o estado teve pouco mais de 4 mil mortes. No entanto, desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, os casos começaram a subir. Naquele ano foram mais de 4,7 mil casos e 2021 subiu para 5,3 mil.
No resultado mensal, chama a atenção o fato de que janeiro de 2022 foi o único mês a registrar um aumento no número de óbitos em comparação com o mesmo período de 2021, com um crescimento de 5,7%, totalizando 486 mortes.
Dados nacionais:
O Brasil registrou, em 2022, 1,50 milhão de óbitos, uma queda de 15,8% (281,5 mil a menos) em comparação com o ano anterior.
“Esse resultado acompanha o recuo das mortes ocasionadas pela Covid-19, com a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal”, explicou a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, lembrando que o resultado de 2021 (1,78 milhão), no auge da pandemia, foi o recorde da série histórica, iniciada em 1974.
Entretanto, o número de óbitos no país de 2022 foi 14,2% superior ao de 2019 (1,31 milhão), último ano pré-pandemia.