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Acreana Jerusa Geber faz melhor tempo do mundo nos 100m deste ano na 2ª etapa do Desafio CPB/CBAt

Foto: Marcello Zambrana / CPB

Dona do recorde mundial na prova dos 100m da classe T11 (com deficiência visual), com o tempo de 11s83 registrado no ano passado, a velocista acreana Jerusa Geber voltou a cravar a melhor marca do mundo logo na sua primeira aparição nas pistas em 2024. Durante a 2ª etapa do Desafio CPB/CBAt, realizada neste domingo, 3, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a atleta registrou 12s15 na disputa e já assumiu a primeira colocação do ranking mundial da atual temporada.

O Desafio de atletismo CPB/CBAt tem a finalidade de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com e sem deficiência. A competição é dirigida e organizada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O evento reuniu 114 atletas paralímpicos, sendo 72 homens e 42 mulheres, e 63 olímpicos eu competiram em provas de pista (100m, 200m, 400m, 800m, 1.500m, 5.000m, e saltos em distância, triplo e em altura) e de campo (arremesso de peso e lançamentos de dardo, disco e club).

Campeã mundial em Paris 2023 nos 100m (com o tempo de 11s86) e nos 200m, Jerusa fez a sua primeira competição oficial desde a disputa dos Jogos Parapan-Americanos em Santiago, em novembro do ano passado, quando conquistou duas medalhas de ouro (100m e 200m) e uma de prata (revezamento 4x100m).

Para assumir a liderança do ranking da prova, ela superou a compatriota Lorena Spoladore, que havia completado a distância em 12s61 na semana passada, na 1ª etapa do Desafio CPB/CBAt, e tinha até então a melhor marca mundial.

“Minha primeira competição depois de Santiago e já fazer um tempo desse. Já mostra que eu e o Gabriel [Garcia, seu atleta-guia] estamos muito bem. Isso já é uma demonstração que esse ano vai ser muito bom”, afirmou a atleta que nasceu totalmente cega.

“A preparação tanto para o Mundial de Kobe quanto para os Jogos de Paris está indo tudo conforme o planejado. Está boa, intensa, sem dor, e sem lesão. Vamos chegar lá do mesmo jeito”, completou.

Outro atleta a retornar às pistas de maneira oficial foi o velocista paranaense Vinícius Rodrigues, após a sua participação no reality show Big Brohter Brasil. Apesar de não avançar à final na prova dos 100m T63 (para amputados de membros inferiores com prótese) na sua reestreia, o atleta disse que o retorno foi importante para sentir novamente o ritmo de competição.

“Foi bom poder correr em casa, sabemos que não estamos no melhor da forma ainda. Corremos cerca de 80% da nossa corrida pois estávamos com um pouco receio de machucar. Não sabia como meu corpo iria reagir. Mas é bom estar de volta”, afirmou Vinícius, que fez o tempo de 12s75. Ele ocupa atualmente o segundo lugar no ranking que classifica para Paris 2024, com 12s16.

Comitê Paralímpico Brasileiro

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