Após registrar a maior enchente da história, o nível do Rio Acre em Brasileia, no interior do Acre, continua em vazante nesta sexta-feira, 1º. Com a descida das águas, o cenário é de destruição na cidade. As imagens mostram casas desmoronando, ruas cheias de lama e entulho e até mesmo que apartaram por conta da força das águas.
Segundo dados da Defesa Civil Municipal, após atingir a cota histórica de 15,58 metros, às 12 horas de quarta-feira, 28, o manancial marcou 11,98 metros, na medição das 12h e continua acima da cota de transbordo, que é de 11,40 metros.
O coronel Éden Santos, da Defesa Civil municipal, fez um alerta à população para que aguardem liberação para retornar às suas casas após alagação.
“Está com uma razão de descida expressiva, mas nosso rio ainda está acima da cota de transbordo, ou seja, ainda existe muitas áreas alagadas, muitas áreas inseguras principalmente para o acesso. Pode ter buraco, bueiro aberto, pode gerar qualquer tipo contato com animais peçonhentos. Então, o poder público está com toda sua frente de trabalho, fazendo todas as análises das áreas, principalmente, onde há risco de colapso nas residências. É muito importante que quem está no abrigo que permaneça em cautela, porque saímos de um desastre que foi o maior da história, então o impacto foi muito grande na cidade”, disse o coronel.
De acordo com a Defesa Civil, ainda há 1.276 pessoas desabrigadas em Brasileia, além de 2.220 pessoas desalojadas, ou seja, em casas de parentes. Totalizando mais de 15,3 mil pessoas atingidas pela enchente. A cidade tem 12 bairros atingidos e 16 abrigos ativos.
Visita à ponte
Nesta sexta, a Prefeitura de Brasiléia através da Secretaria de Obras fez uma visita à ponte metálica José Augusto, que ficou tomada pelas águas e isolou a cidade por via terrestre. Em parceria com os bombeiros, está sendo feito um trabalho de limpeza dos entulhos que ficaram na ponte.
A estrutura será vistoriada pela equipe de Engenharia do Deracre para que o tráfego possa ser liberado com segurança na ponte.