A Prefeitura de Rio Branco deu início, nesta quarta-feira, 13, à Operação Volta Para Casa, que marca o retorno das famílias que ficaram desabrigadas por conta da cheia do Rio Acre para suas casas.
Conforme o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, somente no abrigo montado no Parque de Exposições são mais de 700 famílias. Além disso, há desabrigados que estão em escolas na capital.
Este ano, o Rio Acre atingiu a segunda maior cota da história e mais de 70 mil pessoas foram atingidas pela enchente. Nessa terça-feira, 12, o manancial saiu da cota de alerta, que é de 13,50 metros e nessa quarta, 13, chegou à marca de 10,78 metros.
Falcão destacou que essa retomada das famílias será feita por grupos prioritários, já que se trata de um número grande mudanças que precisam ser feitas.
“São mais de 700 famílias ainda no Parque de Exposições, nós temos outras famílias também que estão em casa de parentes e escolas para poder fazer movimentação. Então, são milhares de mudanças que vamos fazer. Além disso, aqui no Parque, nós temos toda uma logística a ser respeitada. Além de passar em cada box, recolhendo a família, nós temos que passar no inventário para devolver suas pertences, e também passar no canil e gatil para devolver os seus animais. Então tudo isso será respeitado e levar essas pessoas de volta para casa de maneira gradativa com as prioridades”, afirmou o coordenador.
Ao todo, são 20 equipes com 140 trabalhadores da Prefeitura de Rio Branco que estão atuando no transporte das famílias.
Ainda conforme Falcão, a Defesa Civil já recebeu cerca de duas mil solicitações de vistorias de imóveis que foram atingidos pela enchente do Rio Acre, em Rio Branco.
“Temos cerca de mil pedidos de vistorias de pessoas que ficaram desabrigadas, e outro mil de moradores que foram para casas de parentes. Ou seja, duas mil solicitações e nós estamos atendendo. Então, à medida que nós formos avançando, vamos liberando essas casas. Aquelas que têm um risco maior, nós retiraremos as pessoas para aluguel social, não deixando essas famílias correrem nenhum tipo de risco em suas casas”, disse.
O prefeito Tião Bocalom pediu paciência da população e destacou que essa operação não tem como ser feita de forma instantânea por se tratar de muitas famílias.
“Até agora, essas famílias foram muito bem atendidas aqui no parque, nas escolas. É só ver os relatos dela. E agora, na hora de devolver pra casa, também a gente não pode fazer de qualquer jeito. A gente precisa fazer dentro de um programa da Defesa Civil. Tem que ver se a casa dela não está caindo, se vai cair, se não corre nenhum risco. Tem que entregar para eles também o seu sacolão, o seu kit de limpeza, o seu kit de higiene. Então, tudo isso é um processo que não se faz assim com cinco minutos. É um pouco demorado”, afirmou Bocalom.