O dentista Júnior Nascimento, que, no início do mês, escondeu R$ 2 mil em uma rotatória para uma brincadeira de “caça do tesouro”, negou, nesta quinta-feira, 28, ter sido notificado pela prefeitura a arcar com os custos dos danos ao jardim, causados por populares que participaram do ato.
O profissional da saúde informou que buscou a Secretaria de Meio Ambiente (Semeia) por conta própria para resolver a situação e que a conversa com o titular da pasta, Carlos Nasserala, foi amistosa. “O poder público não me obrigou a apresentar plano nenhum de recuperação da rotatória”.
O dinheiro foi escondido por ele dentro de uma caixa de alvenaria, na rotatória da entrada do Calafate. O objetivo, segundo o dentista, foi ajudar as pessoas. No entanto, a “brincadeira” dividiu opiniões nas redes, principalmente após serem divulgadas imagens dos danos causados ao jardim.
Júnior, no entanto, minimiza esses danos. De acordo com ele, não houve “destruição”, como teria sido alegado. “Os danos são tão ínfimos, que eu mesmo poderia deixar do jeito que estava ou até melhor que antes”, afirmou À GAZETA, ressaltando que vai bancar tudo.
Apesar do gasto que assumiu para si, o dentista faz questão de frisar que, juridicamente, quem assume pela conduta da quebra dos galhos no jardim é quem, de fato, causou os danos. “Não instiguei ninguém a fazer isso e não cometi crime algum”, finalizou.
Ele encaminhou à reportagem uma nota de esclarecimento, reproduzida na íntegra a seguir:
“Nota.
O poder público não me obrigou a apresentar plano nenhum de recuperação da rotatória.
Ocorre, que frente aos danos mínimos que algumas plantas sofreram por conduta individual de terceiros, sem minha orientação etc, eu mesmo procurei o secretária do meio ambiente, que me recebeu de forma muito gentil em seu gabinete, e eu mesmo argumentei que um jardineiro, ao meu pedido, já tinha avaliado toda situação das plantas, ainda na segunda feira de manhã, e que não precisava envolver gasto do erário para resolver algo de tão pequena magnitude. Pois houve somente alguns galhos de arbusto fora do local, e como consta nas fotos, dois ramos de planta ornamental arrancadas.
Na mesma visita ao gabinete do secretária, falei que ia apresentar o plano, por escrito, de como eu ia fazer isso.
Não houve destruição como fora noticiado. Isso é um fato presenciado por todos que passam, hoje, pela rotatória da Havan.”