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Justiça do Acre aceita denúncia e empresário que agrediu professor em bar vira réu; vítima perdeu olho

A Vara Criminal da Comarca de Brasileia aceitou denúncia contra Adriano Vasconcelos Correa da Silva, acusado de agredir o professor Paulo Henrique da Costa no dia 3 de outubro do ano passado em um bar na cidade do interior do Acre.

A agressão foi ao lado de uma viatura da Polícia Militar e registrada por câmeras de segurança do estabelecimento. A vítima teve cortes profundos no olho e precisou retirar o globo ocular esquerdo, perdendo a visão.

Conforme denúncia, o empresário, agindo de forma livre e consciente, mediante dolo eventual, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, assumiu o risco da tentativa de matar a vítima.

Agora réu no processo, o acusado tem um prazo de 10 dias para que responder às acusações. Após isso é que deve ser marcada a audiência de instrução e julgamento. A decisão é do juiz Clovis de Souza Lodi.

Adriano Silva chegou a ser preso na época do crime, mas foi liberado após pagar R$ 10 mil de fiança.

Denúncia

A denúncia detalha que no dia do crime, a vítima estava sozinha no bar, quando chegou um andarilho mochileiro oferecendo artesanato para vender. O documento destaca que o professor não conhecia esse homem e que os garçons pediram para o andarilho sair do bar.

A vítima não concordou com maneira ríspida com que trataram o homem e convidou-o a sentar na sua mesa, passando a conversar e beber. Momentos depois, quando estava distraído olhando o celular, um casal iniciou uma discussão com o mochileiro alegando que este teria cuspido neles.

Ainda segundo a denúncia, a vítima acredita que o andarilho cuspiu no chão e pode ter acertado o casal por acidente, que o andarilho não discutiu com mais ninguém no bar, e que ele e a vítima discutiram com o senhor que alegava ter sido cuspido.

“Nesse instante o denunciado e um terceiro entraram na discussão, momento em que o denunciado se exaltou e bateu com um copo de vidro no rosto da vítima, atingindo o olho esquerdo, o que causou lesão corporal gravíssima, resultando na inutilização permanente no membro”, diz trecho da denúncia.

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