Uma comitiva composta pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente, Waldez Goés e Marina Silva, chega ao Acre na próxima segunda-feira, 4, para visitar as áreas atingidas pela cheia do Rio Acre. O anúncio foi feito neste sábado, 2, pelo governador Gladson Cameli.
Na semana passada, Goés já havia sinalizado a visita no estado acreano ao colocar à disposição toda a estrutura do governo federal. Os senadores Sérgio Petecão e Alan Rick também fazem parte do grupo.
Cameli destacou que é de extrema importância a vinda da comitiva para ver in loco a situação nas cidades mais atingidas.
“Desde o início mantivemos as tratativas com o governo federal, no sentido de pedir apoio a todas as prefeituras e a vinda dessa comitiva é importante porque os ministros vão poder ver de perto o impacto dessa cheia, que já tem cota histórica em alguns municípios. Como eu sempre falo, o momento agora é de reunir forças, municípios, Estado e governo federal, para tentarmos reduzir os impactos causados por esse desastre natural”, disse.
No dia 28 de fevereiro, dados da Defesa Civil Estadual registraram a maior marca do Rio Acre na cidade de Brasileia. Ele chegou a 15,56 metros e ultrapassou a cheia histórica de 2015, quando alcançou 15,55 metros.
A prefeita da cidade Fernanda Hassem já havia pedido apoio estadual e federal. Uma das áreas mais críticas era o bairro Leonardo Barbosa, que corria o risco de romper e ficar ilhado no lado boliviano. No local vivem aproximadamente 400 famílias, um total de 1,6 mil pessoas, e 186 indígenas.
Os ministros devem visitar os locais da cidade e se reunir também com prefeitos das cidades atingidas pela cheia.
Enchente
O Acre enfrenta uma de suas maiores enchentes, na qual 19 municípios foram afetados por inundações, seja de rios ou igarapés. E já alcançou cota histórica de transbordamento em alguns municípios como Brasileia e Jordão que tiveram, respectivamente, 75% e 80% da cidade atingida pelas águas.
Com base nos dados de ocorrências disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 13 cidades mais críticas, há 82 abrigos públicos atendendo 8.570 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.448 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.