Desde que o pequeno Gael Henrique Torres Laureano foi diagnosticado com estenose traqueal, sua jornada tem sido marcada por obstáculos e desafios. Prestes a completar três anos, ele e sua mãe Lanna Torres continuam a travar uma batalha por um tratamento adequado que lhe permita respirar sem limitações.
O site A Gazeta entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para saber se existe uma previsão de a criança ser mandada para fora do estado novamente. Em resposta, a gestão estadual afirmou que: “a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), no que compete ao Complexo Regulador Estadual, está a disposição para dar início ao processo de compra das passagens aéreas de transferência do paciente. Contudo, para isso, é necessário que haja agendamento por parte do referido hospital, com data e horário de atendimento ao paciente, para que o complexo de seguimento ao processo, não podendo ser antecipado sem tais informações”.
A saga de Gael começou em 2022, quando foi diagnosticado com bronquiolite e pneumonia bacteriana. Foram 50 dias internado em uma UTI do Hospital da Criança de Rio Branco e, após a repercussão do caso, ele foi para Manaus, onde passou por uma traqueostomia para auxiliar na respiração.
Segundo a mãe, o menino retornou para Rio Branco com a promessa de que receberia o tratamento necessário para sua condição e que a traqueostomia será retirada após um ano. No entanto, a família ainda aguarda por um tratamento.
Lanna relata que em dezembro de 2023, eles foram para um hospital em Brasília, pelo programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Mas, o menino apenas passou por uma consulta e não foi retirada a traqueostomia.
“Como era final de ano, começaram a entrar em recesso, aí não conseguiram começar o tratamento dele. Passei só três dias lá, a doutora fez uma consulta, aí eu voltei pra casa. Fui lá só perder tempo e gastar o dinheiro que a gente não tinha, porque não resolveu nada. Disseram que iam ligar pra mim em janeiro para poder remarcar, mas até agora nada. Vai fazer dois anos que ele está com a traqueostomia e era pra ficar um ano só. Aparentemente, ele é uma criança saudável, mas como usa isso aí, empata muito. Ele não pode estudar, não pode nem tomar um banho sequer em paz, porque dificulta muito. Ele fala, mas com dificuldade”, disse a mãe.
A condição de estenose ocorre quando há o estreitamento de um órgão. A traqueostomia, segundo explicou a mãe, era para ele conseguir respirar, já que a traqueia estava obstruída. A esperança é que em Brasília, o menino passe por um tratamento para dilatação da traqueia e, assim, poder viver sem esse procedimento invasivo.