A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) aproveitou parte da estrutura restante da Expoacre, no Parque de Exposições, para montar locais de atendimento às mais de 500 famílias desabrigadas pela cheia do Rio Acre, que está mais de três metros acima da cota de transbordamento.
De acordo com a pasta, são feitos entre 70 e 100 atendimentos diários no local, pelas manhãs, tardes e noites. As principais queixas são relacionadas a sintomas da gripe, dores de barriga e pressão alta em idosos. São registrados ainda dores de cabeça e vômito.
Nos espaços, ocorrem consultas médicas e de enfermagem, vacinação, entrega gratuita de medicamentos e serviços de laboratório. A enfermeira Maria Clemilda explica que os atendimentos são feitos com “pouquíssimo” tempo de espera, sem necessidade de agendamento.
“Apenas os serviços laboratoriais, que inauguraram nesta sexta-feira [1º], precisaram ser agendados no dia anterior. Paralelo a tudo isso, nossas equipes passam nos boxes para averiguar como anda o estado de saúde das famílias que vivem nos abrigos”, reforça a profissional.
A GAZETA esteve nos locais de atendimento e constatou a rapidez no serviço. Porém, ouviu de pacientes idosos que o excesso de sal na comida servida pela prefeitura é o que estaria levando-os a sentir dores de cabeça e tontura, que são sintomas de pressão alta.
Procurado pela reportagem, o secretário-adjunto de Assistência Social de Direitos Humanos (SASDH), Francisco Bezerra, reconheceu não haver distinção entre as alimentações servidas. “São quase 2 mil pessoas nos abrigos, não tem como fazer comida separada”.
O gestor, porém, prometeu aos idosos, que se queixavam diretamente a ele, que irá levar a reclamação à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que é quem prepara a comida, para uma reavaliação nos temperos do cardápio.