Entre 2019 e 2022, o Acre registrou 1.655 casos de estupros contra mulheres e vulneráveis do sexo feminino. Os dados são do Monitor de Violência Contra a Mulher, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Os números mostram uma crescente preocupante nesse tipo de crime. Em 2019, quando os dados locais começaram a ser computados pelo monitor, foram atestados 158 casos. O quantitativo saltou para 302 no ano seguinte, um aumento de mais de 90%.
Em 2021, as autoridades computaram 532 estupros contra meninas e mulheres, e, em 2022, foram 663 casos registrados.
Quando analisadas as taxas de estupros, o Acre ocupa a segunda pior colocação no ranking, com 159,7 casos para cada 100 mil mulheres – atrás apenas de Roraima, com 217,3 casos. No Acre, essa taxa é mais que o dobro da nacional (63,2 casos para cada 100 mil mulheres).
Segundo o código penal, estupro consiste em constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter práticas sexuais ou atos libidinosos. A pena é de seis a dez anos de prisão. Se praticado contra menores de 18 anos, a reclusão será de oito a 15 anos. Se houver lesão grave ou morte, a pena pode chegar a 30 anos.