Um estudo elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) aponta que o Acre foi o estado menos competitivo do Brasil em 2023. Em relação ao ano anterior, a unidade federativa caiu três posições no Ranking de Competitividade dos Estados, após piora em metade dos 10 critérios analisados pela pesquisa.
Entre os indicadores que registraram involução no estado está potencial de mercado, sustentabilidade social, eficiência da máquina pública, educação e segurança. Por outro lado, o Acre experimentou melhora apenas em inovação e sustentabilidade ambiental. Já os índices de infraestrutura, capital humano e solidez fiscal permaneceram iguais.
O estudo mostra que um dos principais desafios do estado é melhorar a eficiência da máquina pública, quesito que perdeu 5 posições entre 2022 e 2023, ficando entre as duas piores do Brasil.
Segundo o estudo, a involução de quatro subcritérios contribuíram para essa baixa: a produtividade dos magistrados e servidores do Judiciário; eficiência do Judiciário; equilíbrio de gênero na remuneração pública estadual; e qualidade da informação contábil e fiscal.
Outro desafio é a infraestrutura, considerada pelo estudo a segunda pior do país. Apesar de avanços na cobertura de fibra ótica e na acessibilidade do serviços de telecomunicações, o estado perdeu posições nos subcritérios de acesso à energia elétrica, custo da energia elétrica e qualidade do serviço de telecomunicações.
O indicador de segurança pública chama a atenção após perder 11 posições em apenas um ano, ficando em 18º lugar no ranking nacional. Colaboraram para essa queda brusca a piora na qualidade da informação de criminalidade; atuação do sistema de justiça criminal; morbidade no trânsito; segurança pessoal; segurança patrimonial; e déficit carcerário.
“O objetivo do ranking é oferecer ao setor público uma ferramenta exclusiva, com métricas já difundidas no setor privado, para nortear e avaliar ações no âmbito da sustentabilidade. Sabemos que os governos são atores fundamentais na materialização do desenvolvimento sustentável em seus territórios, sendo agentes de transformação essenciais”, informa a CLP.
Em nota, a equipe de Governo do Acre destacou que o desempenho geral do estado no ranking também depende das intervenções do Governo Federal e dos municípios, sendo importante analisar os pilares que tiveram maiores recuos e avanços e o contexto em que estão inseridos. Saiba mais: