O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (sem partido) manifestou gratidão pelo apoio dado ao governo federal para o município, que enfrenta, neste momento, a segunda pior alagação que se tem registro.
Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 4, no Parque de Exposições, o prefeito rasgou elogios, especialmente, ao ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que está na cidade para ver de perto os estragos causados pela cheia do Rio Acre, que está quase 4 metros acima da cota de transbordamento.
“É um homem de uma sensibilidade invejável. Um paizão”, disse Bocalom, ao lembrar que o ministro também estendeu a mão na enchente de 2023. Sobre Marina Silva, do Meio Ambiente, o prefeito a chamou de “grande parceira”.
O prefeito encaminhou ao governo federal dois planos de ajuda humanitária, prontamente aprovados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
O discurso de Bocalom, porém, não foi marcado só por elogios. Ele cobrou menos burocracia no socorro prestado pela União, reforçando que, no ano passado, preferiu gastar R$ 30 milhões dos cofres do município, ao invés de solicitar a verba do governo federal, para evitar problemas burocráticos.
Ele também solicitou de Marina a destinação de verbas do Fundo Amazônia para iniciativas realizadas em Rio Branco e foi alertado pela ministra de que recursos para essa finalidade podem vir do Fundo Clima, que dispõe de R$ 10 bilhões para projetos sustentáveis que visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Ao final da agenda, Bocalom levou toda a comitiva do governo federal, composta por cinco ministérios e subpastas, para conhecer as instalações no Parque de Exposições. Mais de 3.300 pessoas vivem temporariamente no local até as águas do Rio Acre baixarem.