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‘Não tirei foto dentro d’água. Não sou demagogo’, diz Bocalom, ao prestar contas de seu trabalho na alagação

'Não tirei foto dentro d'água. Não sou demagogo', diz Bocalom, ao prestar contas de seu trabalho na alagação

Foto: Leandro Chaves

O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom realizou uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 26, para prestar contas de seu trabalho em prol das vítimas da alagação, que afetou, direta e indiretamente, mais de 70 mil pessoas na capital.

Na ocasião, o gestor fez questão de dizer que não tirou fotografias dentro d’água e nem entregou, pessoalmente, sacolões para as milhares de famílias desabrigadas.

“Não sou demagogo e nem acho que eu deva fazer isso. O que eu devo é arrumar o dinheiro para comprar os produtos. Aí cada trabalhador que a gente tem na prefeitura vai lá e entrega. Mas, eu não”, disse.

Ele explica os motivos: “Não quero aproveitar aquele momento difícil das pessoas para olhar para a cara delas e dizer tipo assim: ‘olha, eu estou te dando sacolão, viu. Depois não esquece de mim, não'”.

“Não vou fazer isso nunca. Eu quero que o voto seja a coisa mais natural do mundo. Jamais vou pressionar alguém, porque tudo o que a gente faz na prefeitura é independente se o cara é eleitor de A ou B. Não interessa. É um ser humano que está ali precisando”, continua.

'Não tirei foto dentro d'água. Não sou demagogo', diz Bocalom, ao prestar contas de seu trabalho na alagação
Prefeito reuniu time de secretários para prestar contas à sociedade – Foto: Leandro Chaves

Prestação de contas

Segundo o prefeito, que é pré-candidato à reeleição, as despesas com a enchente ainda estão sendo levantadas e podem chegar a R$ 30 milhões em recursos próprios.

Parte desse dinheiro foi para a construção e manutenção dos abrigos no Parque de Exposições, por onde passaram mais de 3,5 mil pessoas. As últimas famílias deixaram o local no último sábado, 23.

As que não puderam voltar para onde moravam antes da enchente foram cadastradas no programa de aluguel social da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh). Além do parque, dez escolas também serviram como abrigo.

A prefeitura também dispôs de recursos oriundos do governo federal e prioriza parte importante da verba para a segunda etapa do socorro aos atingidos pelas águas, que é a assistência humanitária.

Coordenada pela Defesa Civil, essa fase consiste em entrega de alimentos e kits de higiene, além do mapeamento de áreas de risco para evitar perdas causadas por possíveis desmoronamentos, entre outras ações.

Mais números

– 5.300 toneladas de areia e lixo retirados dos 48 bairros afetados;

– 2.690 atendimentos de saúde e odontológicos nos abrigos;

– mais de 400 animais domésticos resgatados;

– 935 boxes construídos para as famílias desabrigadas;

– 235 boxes construídos para cachorros resgatados;

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