O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro se manifestou após os 261 móveis do Palácio da Alvorada, que o presidente Lula (PT) sugeriu terem sido levados por ele, serem localizados em “dependências diversas” do local.
Durante discurso no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) nesta sexta-feira, 22, ao receber o Título de Cidadão Rio-branquense, Bolsonaro citou o desgaste causado pelas acusações.
“Semanalmente eu apanho. A questão dos móveis do Alvorada que haviam sumido, furtados, mais de 200 imóveis, apanhei muito com isso e há dois dias foi divulgado que os móveis estavam lá. Mais uma narrativa desmentida”, afirmou.
Bolsonaro também falou sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, no fim de 2022. No mês passado, a PF realizou a mais ampla operação para investigar a participação de ex-integrantes do governo, civis e militares, e também de aliados políticos de Bolsonaro no que chama de “tentativa de golpe”, que culminou com a invasão dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.
“Essa de golpista, por sugerir, ou por terem sugerido, por estar na mídia usando o dispositivo Constitucional. A Constituição tem 250 artigos e todos nós temos que respeitar. Se o chefe do Executivo achar que deve ser usado, vai ser usado. E quando se fala em estado de sítio, quem decide é o parlamento, o presidente apenas manda uma mensagem pedindo autorização para baixar o decreto, tendo em vista os considerandos. E se o parlamento disser sim, o presidente baixa o decreto e vai ser cumprido. Quer coisa mais democrática do que um pedido do chefe do Executivo com aquiescência do nosso Congresso Nacional?”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente ainda falou sobre a surpresa com a quantidade de apoiadores que segue tendo em todo país e fez agradecimentos.
“Falavam o tempo todo que queria dar golpe. Algo esquisito aconteceu em 2022, podemos até ver time de futebol ser campeão sem torcida, mas presidente sem povo é a primeira vez. É uma página virada, que a história brevemente vai nos mostrar o que aconteceu. Realmente fico sem entender o que faz o povo estar conosco. Eu jamais esperava ser presidente da República, comecei como vereador do Rio de Janeiro”, declarou.