Uma mulher acusada de levar o cadáver do então companheiro, de 92 anos, a uma agência bancária de Campinas, no interior paulista, para sacar dinheiro da conta dele conseguiu se livrar de uma denúncia na Justiça e ainda conquistou o direito de receber pensão.
O caso envolvendo Josefa de Souza Mathias, hoje com 61 anos, ocorreu em outubro de 2020. Ela levou o policial civil aposentado Laércio Della Colleta, com quem vivia havia mais de 10 anos, a uma agência do Banco do Brasil no centro da cidade, em uma cadeira de rodas, amarrado na cintura com um lençol.
Apesar da semelhança, o caso de Josefa tomou um rumo diferente do episódio envolvendo Érika de Souza Vieira Nunes, que foi presa após ser flagrada levando o tio, aparentemente morto, a uma agência bancária da zona oeste do Rio de Janeiro, na última terça-feira (16/4), para fazer um empréstimo de R$ 17 mil em nome dele.
A ação foi registrada em vídeo (assista abaixo) e ganhou repercussão internacional.
Morto há 12 horas
Em depoimento à polícia, Josefa disse que levou Laércio ao banco para realizar prova de vida a fim de conseguir a senha da conta bancária do companheiro, que havia perdido a sequência. Ela afirmou que o idoso estava vivo naquela manhã do dia 2 de outubro e começou a passar mal dentro da agência, vindo a falecer.
A segurança do banco acionou o Corpo de Bombeiros, que tentou reanimar o idoso, mas constatou que ele já estava morto. Um dos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu a ocorrência ficou desconfiado porque o corpo já estava com rigidez.
Dois vizinhos que acompanharam o casal até a agência afirmaram que Laércio reclamava de dor antes de sair de casa e que começou a “babar” e “ficar amarelo” no caminho até o banco, mas Josefa não quis levá-lo ao hospital. O exame pericial, contudo, apontou que o policial aposentado havia morrido na noite anterior.
Fonte: Metrópoles