O aumento nos casos de gripe no Acre vem tensionando o sistema público de saúde. O retrato disso é o aumento na procura por atendimentos nos hospitais e as superlotações nas UTIs.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), dos 75 leitos de terapia intensiva disponíveis na rede pública, apenas seis estão vagos – dois em Rio Branco e quatro em Cruzeiro do Sul – o que totaliza 8%.
Na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), por exemplo, não há mais leitos disponíveis entre os 18 existentes. Já no Pronto-Socorro de Rio Branco, há apenas uma vaga, das 27 em funcionamento.
No Hospital Santa Juliana, que tem parceria com o estado, também só resta um leito livre. Em Cruzeiro do Sul, o Hospital Regional do Juruá ainda dispõe de quatro vagas. Os dados são desta segunda-feira, 22.
O aumento nas hospitalizações está ligado ao crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocada, principalmente, pela influenza A e vírus sincicial respiratório (VSR).
Nos primeiros 22 dias de abril, o Acre confirmou 104 casos de síndrome gripal. Em todo o mês passado foram 130. Os números, no entanto, tendem a estar subnotificados. Segundo a Fiocruz, a tendência a longo prazo é que as notificações de gripe subam pelo menos 75% no estado.
A vacina contra a gripe é o principal método indicado para evitar a forma grave da doença, a necessidade de hospitalizações e a morte. No Brasil, 2.322 pessoas já perderam a vida por síndrome respiratória grave apenas neste ano.