O pequeno Gael Henrique Torres Laureano teve o exame de broncoscopia marcado para o próximo dia 25 de abril no Hospital da Criança de Brasília José Alencar. A informação foi confirmada neste sábado, 13, pela mãe dele, Lanna Torres.
Ela e Gael viajam para a capital do país no dia 24 de abril. O exame será feita para avaliar o estado das vias aéreas inferiores do pequeno e a possibilidade de remoção da traqueostomia.
“Ele interna no dia 25 para fazer a broncoscopia para avaliar a traqueia dele para saber o grau da estenose, e qual tratamento vai ser necessário, se vai ser cirurgia ou dilatação, mas a cirurgia não vem ao caso do Gael”, disse a mãe.
Desde que o menino foi diagnosticado com estenose traqueal, sua jornada tem sido marcada por obstáculos e desafios. O site A GAZETA tem acompanhado a luta da mãe da criança para conseguir acompanhamento e tratamento.
No último dia 23 de março, a reportagem procurou a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para saber se existia uma previsão para quando a criança seria mandada para fora do estado novamente para dar continuidade ao tratamento. A pasta informou que para dar início ao processo de compra das passagens aéreas de transferência do paciente era necessário que haver agendamento por parte do hospital.
Após a reportagem, Lanna recebeu a tão esperada notícia de que o exame estava marcado para as 6h do dia 25 de abril, e foi então que começou mais uma luta: conseguir recursos para se manter com o pequeno fora do estado.
“Eu estou fazendo uma vaquinha para conseguir recursos para me manter lá, porque as coisas são muito caras e eu estou sem casa de apoio para ficar. Na última que eu fui não tem vaga, desde janeiro está sem vaga lá e eu não tenho onde ficar em Brasília. Além disso, o transporte eles não dão aí eu estou fazendo tipo uma vaquinha para conseguir custear esses gastos”, afirmou.
Diagnóstico
A saga de Gael começou em 2022, quando foi diagnosticado com bronquiolite e pneumonia bacteriana. Foram 50 dias internado em uma UTI do Hospital da Criança de Rio Branco e, após a repercussão do caso, ele foi para Manaus, onde passou por uma traqueostomia para auxiliar na respiração.
Segundo a mãe, o menino retornou para Rio Branco com a promessa de que receberia o tratamento necessário para sua condição e que a traqueostomia seria retirada após um ano, mas já se passaram quase dois anos. A família ainda aguarda por um tratamento.
Lanna relatou que em dezembro de 2023, eles foram para um hospital em Brasília, pelo programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Mas, o menino apenas passou por uma consulta e não foi retirada a traqueostomia.
A condição de estenose ocorre quando há o estreitamento de um órgão. A traqueostomia, segundo explicou a mãe, era para ele conseguir respirar, já que a traqueia estava obstruída. A esperança é que em Brasília, o menino passe por um tratamento para dilatação da traqueia e, assim, poder viver sem esse procedimento invasivo.
