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Ex-prefeito alvo de operação foi até gabinete de desembargador fazer ameaças, diz MPAC

O ex-prefeito alvo da Operação Algar, deflagrada nesta quarta-feira, 17, pelo Ministério Público do Acre e pela Polícia Militar, teria ido até o gabinete de um desembargador do Acre, para fazer ameaças de morte, após o julgamento que resultou em sua inelegibilidade. Os nomes dos investigados e do desembargador não foram divulgados, uma vez que o processo corre em segredo de Justiça.

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Segunda Vara Criminal da comarca de Rio Branco, na casa do ex-prefeito e do irmão dele em Feijó, interior do Acre.

Conforme o promotor Bernardo Albano, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o ex-prefeito responde a vários processos por improbidade administrativa e uma dessas ações resultou em sua condenação por improbidade e que foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Acre.

“Essa é uma operação que visa à defesa do Estado Democrático de Direito. Nós não podemos aceitar de modo algum nenhum tipo de intimidação ou ameaça como ocorreu. O alvo principal dessa operação, que é ex-prefeito da cidade de Feijó, responde já a diversas ações de improbidade administrativa, e uma dessas ações resultou em sua condenação por improbidade, que foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Acre, gerando, por consequência, a inelegibilidade do alvo. Insatisfeito com essa decisão, com a atuação jurisdicional do desembargador no exercício das suas funções, essa pessoa compareceu ao gabinete dele e proferiu diversas ameaças, dizendo que iria levar o desembargador para o buraco, sugerindo, inclusive, que o seu irmão, que possuía armas de fogo, também devidamente registradas, poderia ser o executor de um crime de morte fácil do desembargador”, disse o promotor.

Após as ameaças, que ocorreram no final do mês de março, o caso foi comunicado ao Ministério Público e ao procurador-geral de Justiça, que determinou a investigação e identificou os dois alvos.

Além dos mandados de busca, foi determinada, pela Justiça, a apreensão de mídias, telefones e outros elementos que pudesse auxiliar na aprofundamento. Foi determinada ainda a suspensão da posse e porte de arma de fogo, com a consequente apreensão de duas armas de fogo.

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Iryá Rodrigues: