O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PL) reconheceu, nesta terça-feira, 2, que a cidade vive uma crise grave no abastecimento de água e que a situação pode piorar se não houver mudanças no modelo de captação.
Pela manhã, ele esteve na Estação de Tratamento de Água (ETA 2), responsável por abastecer 60% da cidade, para averiguar as condições de funcionamento. Na ocasião, o gestor expôs a situação à sociedade. “Não adianta a gente esconder”.
A estrutura de concreto do local, segundo a Defesa Civil Municipal, está caindo devido a uma movimentação do solo, agravada pela rápida vazante do Rio Acre, que baixou mais de 13 metros em poucos dias.
O desbarrancamento da estrutura da ETA, de acordo com Bocalom, já chega a mais de um metro. Ele também mostrou rachaduras em alguns pontos importantes da construção.
“A situação tá preta. A situação da água aqui em Rio Branco está difícil. É crítica. Estamos tristes com a situação. Não queríamos isso”, disse Bocalom, que garantiu serviços paliativos para retomar o abastecimento nos bairros.
Para resolver em definitivo, no entanto, o prefeito aposta na construção de poços artesianos. Ele encomendou uma pesquisa sobre em quais locais do município a alternativa é viável, e terá um relatório preliminar ainda esta semana.
“O problema é antigo e estamos correndo atrás da solução. Até lá, nos ajude economizando e tendo um pouquinho mais de paciência com a situação da água, porque a gente vai resolver. Só vai resolver com poço artesiano, e isso não se faz da noite para o dia”.