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Em pré-campanha, vereadores gazeteiros levam puxão de orelha dos próprios colegas

Com apenas sete vereadores, sessão da Câmara é encerrada por falta de quórum

O presidente da Câmara dos Vereadores de Rio Branco, Raimundo Neném (PL), precisou encerrar a sessão desta quinta, 23, por falta de quórum para dar seguimento aos trabalhos na Casa. Apenas seis dos 17 parlamentares estavam no plenário quando o expediente foi suspenso.

Assim não dá

Todos os vereadores da capital tentarão se reeleger para mais quatro anos de mandato. Se a frequência já anda assim, faltando pouco menos de três meses para o início da campanha, imaginem quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) der a largada para a disputa?

Foto: Arquivo

Exposição

Irritado com a situação, Samir Bestene (PP), um dos poucos que ficaram até o final da sessão, recomendou à mesa-diretora que publique, no site da Câmara, a frequência dos colegas – ganhando o apoio dos presentes. A ideia é excelente, mas ele escorregou na justificativa.

Com a palavra, o próprio

“Porque eu estou aqui todos os dias 8h da manhã e acho injusto, às vezes, sair algum noticiário e jogar o nome dos 17 vereadores por água abaixo. Estamos em pré-campanha e, quando sai uma reportagem dessa, prejudica todos e eu não quero ser prejudicado”.

Não acabou

A questão não é o possível prejuízo à reeleição, mas, sim, que essa legislatura ainda tem um semestre inteiro de serviço público pela frente e não pode ficar refém do pleito. Trabalhar enquanto cuida da reeleição não são incompatíveis. Muito pelo contrário. Deixa o candidato bem na fita.

Adeus

O discurso é batido, eu sei, mas é real: a população, que paga os ótimos salários dos vereadores, quer trabalho e resultado. Ela já demonstrou, em outras ocasiões, estar disposta a fazer grandes renovações na Casa, a exemplo de 2020, quando 11 tiveram de dizer “adeus” ao mandato.

Conta outra

Não colou a desculpa dada pelo governador Gladson Cameli (PP) de que a nomeação de Fábio Rueda (União Brasil) no governo se deu diante de uma possível federação entre os dois partidos. A ideia existe, mas ainda não está madura o suficiente para sair do papel.

Foto: Assessoria/Rueda

Livre, leve e solta

Rueda abriu mão do “direito” de indicar o vice de Bocalom (PL), cedendo o espaço ao PP. Em troca, ganhou o cargo de chefe da Representação do Governo em Brasília. A nomeação já saiu no Diário Oficial e a vaga de vice do atual prefeito está livre, leve e solta para os pepistas.

Finalmente

O PP, por sua vez, finalmente formalizará a aliança na manhã deste sábado, 25, em sua sede na capital, colocando fim a uma pendenga que já se arrasta há semanas. O atual secretário de Estado de Governo (Segov), Alysson Bestene, segue sendo a aposta do partido.

E o Marcus?

Com isso resolvido, as atenções se voltam agora para a principal ameaça a Bocalom nas urnas, o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB). O pré-candidato e seu partido aguardavam ansiosamente a jogada do PP para darem o próximo passo, que é a definição do vice.

Foto: Arquivo

Nada fácil

E se esse processo não foi simples para Bocalom, será menos ainda para Marcus. Hoje, cerca de 10 partidos, das mais variadas correntes, orbitam sua pré-campanha. Há siglas de centro-direita, centro, centro-esquerda e esquerda, quase todas interessadas na vaga.

Entre a cruz e a espada

Aqui, a decisão pode ser complexa porque não está em jogo apenas o nome que dividirá o protagonismo com o ex-petista, mas, sim, a cara e a cor da sua candidatura. Qualquer erro de cálculo pode custar a eleição. Um clássico exemplo de estar entre a cruz e a espada.

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