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Tumba de rei revela tesouros e mistérios da China de 2.200 anos

Os pesquisadores enfrentam o saque dos artefatos como um dos problemas com a tumba — Foto: Instituto de Pesquisa Arqueológica e Relíquias Culturais da Província de Anhui

Arqueólogos descobriram um túmulo luxuoso de 2.200 anos em Wuwangdun, na província de Anhui, na China, possivelmente pertencente a um imperador do estado de Chu. Eles têm explorado o local da escavação de aproximadamente 1,5 quilômetros quadrados nos últimos quatro anos, de acordo com agência oficial de notícias estatal Xinhua publicado em 20 de abril.

O túmulo é um dos maiores já encontrados pertencente ao estado Chu, um dos impérios mais poderosos da China, durante o período dos Reinos Combatentes, que ocorreu entre os séculos 5 e 3 a.C. Além de um importante centro de desenvolvimento político, econômico e cultural durante a antiguidade.

A partir da datação por carbono, especialistas da Administração Nacional de Herança Cultural da China e do Instituto de Relíquias Culturais e Arqueologia da Província de Anhui, descobriram pertencer por volta de 220 a.C, o período de transição para a unificação do país sob a dinastia Qin.

Gong Xicheng, um dos principais arqueólogos na escavação, destaca a relevância das descobertas para compreender a sociedade Chu. Além de contribuir nos estudos sobre o período crítico antes da desintegração do sistema estatal feudal e a integração desse estado na China unificada, quando a tumba pode ter sido construída.

Os objetos encontrados na túmba, datado por volta de 220 a.C — Foto: Instituto de Pesquisa Arqueológica e Relíquias Culturais da Província de Anhui

Dentro da arca encontrou artefatos como vasos usados em rituais em bronze, instrumentos musicais, lacas, restos de plantas e um caixão adornado com mais de 1.000 caracteres escritos, que podem ajudar na identificação do ocupante da tumba. Até o momento, os pesquisadores ainda não sabem quem foi o dono, mas acredita-se que possa ser do rei Kaolie de Chu.

A complexidade e o tamanho do túmulo levaram os arqueólogos a usar técnicas avançadas, como digitalização em modelo 3D e imagens infravermelhas para documentar e analisar os artefatos. Além de enfrentarem desafios: saque dos itens ao longo do tempo e da degradação ambiental, problemas a serem resolvidos por meio de esforços para preservar e interpretar completamente o conteúdo.

“Os trabalhos de escavação e proteção do túmulo de Wuwangdun serão realizados simultaneamente e serão utilizadas diversas medidas científicas e tecnológicas para que o valor arqueológico do túmulo seja apresentado de forma clara e abrangente”, disse Zhang Zhiguo, pesquisador do Centro Nacional de Arqueologia.

Os planos em andamento da equipe é estabelecer um parque de ruínas arqueológicas, com o objetivo de mostrar as descobertas e educar o público sobre este importante capítulo da história chinesa.

Reportagem Revista Galileu

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