No Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabiam ler e escrever uma carta simples em 2022 – o equivalente a 7% da população nessa faixa etária.
No Acre, porém, esta porcentagem é quase o dobro: 12,1% dos acreanos com 15 anos ou mais, cerca de 73,8 mil pessoas, não sabiam ler nem escrever naquele ano.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados colhidos no Censo Demográfico 2022.
Em 2022, conforme os números, 87,87% dos acreanos com 15 anos ou mais sabiam ler e escrever em 2022.
Os resultados do Censo mostram que, nos últimos 30 anos, o Acre vem registrando um aumento progressivo das taxas de alfabetização em todas as faixas etárias.
Em 1991, 65,7% da população acreana sabia ler e escrever. Em 2000, subiu para 76,3% e em 2010, a taxa de alfabetização foi de 83,4% da população.
Apesar da melhoria no quadro, a taxa de analfabetismo do Acre é a 10ª maior do país. Entre as dez maiores estão:
- Alagoas – 17,7%
- Piauí – 17,2%
- Paraíba – 16%
- Maranhão – 15%
- Ceará – 14,1%
- Rio Grande do Norte – 13,9%
- Sergipe – 13,8%
- Pernambuco – 13,4%
- Bahia – 12,6%
- Acre – 12,1%
O censo mostra que há uma discrepância nas taxas de alfabetização conforme a faixa etária. Entre os acreanos de 15 a 19 anos, a taxa de analfabetismo é de 1,7%. Já entre os cearenses de 65 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é 41,1%.
A situação é semelhante quando se faz o recorte por cor ou raça. No Acre, a taxa de analfabetismo de brancos com 15 anos ou mais é 9,1%. Já entre pretos e pardos nessa mesma faixa etária, a taxa é de 16,5% e 11,9%, respectivamente.