Rio Branco foi escolhida para um evento estratégico, ao sediar o Encontro do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) Norte. Organizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a reunião discute a dinâmica dos fluxos migratórios na Amazônia e reúne importantes autoridades e especialistas do setor.
O governador Gladson Cameli marcou presença na abertura, realizada na manhã desta quinta-feira, 23, no auditório do Sebrae-AC. Em seu discurso, destacou a importância do encontro para o estado e enfatizou a necessidade de integração do Acre ao Sisbin, formalizada por meio da assinatura de um documento entregue ao diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa.
“A Agência Brasileira de Inteligência é um órgão estratégico para o levantamento de problemas sociais em todo o país. A partir dessas ações é possível, com a união entre todos os poderes públicos constituídos, encontrar soluções para o restabelecimento da ordem social”, afirmou Gladson.
O evento, que se estende ao longo do dia, está estruturado em três mesas de discussão, abordando temas cruciais como os fluxos migratórios na Amazônia, o contrabando e tráfico de imigrantes e a cooperação entre agências. A programação é robusta e conta com a participação de especialistas de diversas áreas, incluindo representantes do governo federal, da academia e de organizações internacionais.
O diretor Luiz Fernando Corrêa também discursou, ressaltando o papel da agência como facilitadora no enfrentamento das questões migratórias: “Um sistema de cooperação efetiva significa ser o facilitador do sistema. Então, a Abin hoje cumpre esse papel de facilitador, de parceria com o Estado, aproximando todos que militam nessa área para enfrentar diferentes temas, no nosso caso aqui, a questão das migrações”.
Diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, ressaltou o papel da agência como facilitadora. Foto: Diego Gurgel/Secom
O Encontro do Sisbin Norte não só reforça a importância da integração regional no combate aos desafios migratórios, mas também coloca o Acre no centro das discussões sobre segurança e inteligência na Amazônia, lembrando que o estado se tornou porta de entrada e saída de milhares de imigrantes, desde o grande fluxo ocorrido após o terremoto no Haiti, bem como em movimentos migratórios de países do continente africano e da Venezuela e também com o grande retorno migratório durante a pandemia de covid-19.
Gladson Cameli formalizou pedido para o Acre ingressar no Sisbin. Foto: Diego Gurgel/Secom
Assim, a participação ativa do governo estadual e a presença de autoridades de peso no evento da Abin sinalizam um compromisso renovado, com a busca por soluções eficientes e humanitárias para a questão migratória.