O Centro Acadêmico de Psicologia Ângela Haddad emitiu uma “nota de sucateamento”, neste domingo, 5, denunciando possíveis problemas enfrentados por estudantes e docentes do curso.
De acordo com a nota, “a bacharelado em Psicologia está passando por uma série de problemas, sendo um deles a escassez de professores o que tem impedido os alunos de completarem disciplinas, Além disso a infraestrutura tem se deteriorado, com aparelhos de ar condicionado com defeitos que prejudicam o entendimento das matérias ministradas”.
Na denúncia, o Capah Ufac afirma que a situação é particularmente prejudicial para estudantes neurodivergentes com dificuldades de aprendizagem. Outro ponto abordado no documento, seria a falta de uma impressora na secretaria e existência de uma computador antigo, que eles chamam de “obsoleto”, o qual, de acordo com o curso, muitas vezes dificulta ou impede o desempenho das atividades burocráticas.
O Centro Acadêmico denuncia ainda um investimento financeiro muito baixo no Serviço Escola de Psicologia da Ufac (SERPSI) e nas atividades extracurriculares do curso, como a a pouca disponibilidade de transporte para estudantes que precisam participar de apresentações em congressos e semanas acadêmicas.
A universitária Isabel Cristina, que é coordenadora de Pesquisa e Extensão do Centro Acadêmico de Psicologia, relatou À GAZETA sobre as dificuldades enfrentadas no curso.
“A própria estrutura do bloco não comporta a quantidade de alunos: as salas são pequenas, tem poucas salas para os professores, impressora quebrada, quando chega a hora dos estágios supervisionados, temos poucos professores para supervisionar e muitos alunos. Para as disciplinas também temos dificuldades, tanto que muitas vezes os professores substitutos precisam dar mais disciplinas do que são capazes, pois não têm professores efetivos suficientes para todas. Muitos professores não dão conta de fazer pesquisa, extensão e dar aula. Para orientação de TCC, muitos alunos são sido forçados a fazer em dupla por não ter professor suficiente para orientar todos individualmente”, denunciou Isabel.
Lutando por melhores condições de trabalho, os professores da Ufac aderiram a greve no dia 2 de maio. O movimento grevista conta com o apoio de boa parte dos estudantes.
A GAZETA entrou em contato com a assessoria da Universidade Federal do Acre que alegou não ter recebido “nenhum pedido sobre problemas no curso de psicologia”.
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Por Wellington Vidal