Após a realização de mais mesas de negociação em Brasília nos dias 15 e 21 de maio, o Governo Federal apresentou novas propostas para os servidores docentes e técnicos administrativos da educação (TAEs) que estão em greve. As propostas estão sendo avaliadas em todo o país em assembleias dos servidores dos institutos federais de educação e das universidades.
No Instituto Federal do Acre (Ifac), os servidores em greve há quase 50 dias, decidiram rejeitar as propostas apresentadas pelo governo, tanto para os docentes quanto para os TAEs. A decisão foi tomada durante assembleia geral unificada realizada nesta sexta-feira, 24. Até 263 servidores dos seis campi e da reitoria do Ifac participaram da assembleia realizada por videoconferência.
Os servidores rejeitaram as propostas por entenderem que os números apresentados pelo Governo Federal ainda não atendem às demandas, tanto no que se refere ao reajuste salarial quanto à reestruturação das carreiras.
A proposta do Sinasefe, sindicato que representa os servidores da educação básica e tecnológica, é de recomposição salarial de docentes em 22,71% e de TAEs em 34,32% até 2026. Esse cálculo visa repor as perdas financeiras ocasionadas pela alta da inflação nos últimos anos e pelo congelamento dos salários durante os governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro.
Ainda durante a assembleia desta sexta-feira, os servidores do Ifac elaboraram uma contraproposta a ser apresentada durante a 191ª Plena do Sinasefe, que ocorrerá neste domingo, 26 de maio. Com o documento em mãos, a entidade sindical, junto com o Andes e a Fasubra que representam os servidores das universidades, vai buscar uma nova negociação com o governo Lula.
Os servidores do Ifac aderiram à greve em todas as sete unidades no início do mês de abril. A greve é uma das maiores da educação federal e tem como pauta a recomposição salarial, reestruturação das carreiras, revogação de medidas de governo anteriores e recomposição orçamentária das instituições de ensino.