Uma viagem pela história da Capoeira no estado do Acre: assim se pode definir o livro “A Ginga na Terra do Aquiry: dimensões históricas, etnográficas e mapeamento da capoeira no Acre”, que terá sua versão impressa lançada nesta sexta-feira, 24, em Rio Branco (AC). A programação do evento se inicia na Filmoteca Acreana, às 18h (horário do Acre).
A equipe de pesquisadores, liderada por Cledir Amaral, professor doutor do Instituto Federal do Acre, e conhecido na capoeira como Contramestre Riquinho, partiu das demandas manifestadas pela comunidade capoeirista local e registradas no Plano de Salvaguarda da Capoeira do Acre com elaboração iniciada em 2017 e publicado em 2019, pela Superintendência no Acre do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/AC). Iphan e Ifac estabeleceram parceria para a realização da pesquisa por meio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena (Neabi-Ifac), do Campus Rio Branco.
O evento de lançamento da versão digital da obra integra um projeto por Amaral e contemplado pelo edital 14/2023 de “Arte e Patrimônio Cultural – Demais Áreas”, da Prefeitura Municipal de Rio Branco/Fundação Garibaldi Brasil, financiado pelo Governo Federal/Ministério da Cultura, com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar N° 195/2022).
O livro havia sido publicado na versão e-book em abril de 2023 (disponível no repositório de produções acadêmicas do site do Ifac) e em novembro do mesmo ano, uma pequena tiragem permitiu o lançamento dos primeiros exemplares impressos, durante o VIII Congresso de Ciência e Tecnologia do Ifac (ConC&T), sediado pelo Campus Rio Branco.
Sobre a obra
O livro possui cinco capítulos assinados pelos pesquisadores Cledir de Araújo Amaral, Ádamo Gabriel Lopes de Souza, Alcilene Alves Oliveira, Maria Cristina Lobregat, Ane Kelly Severino Salvino, Edilene da Silva Ferreira e Valdineia Rodrigues Tomaz. Ao longo das 235 páginas, a obra mostra sua base na historiografia, na etnografia e no mapeamento da capoeira. Nela, a história da capoeira no Acre é contada, também, a partir de uma síntese da biografia dos detentores do final do século XX, como forma de homenageá-los.
A pesquisa traz o levantamento de publicações de jornais disponíveis na hemeroteca digital (acervo de jornais digitalizados disponíveis na internet), que aponta os vestígios da capoeira no Acre no início do século XX, e dos acervos físicos dos jornais A Gazeta e O Rio Branco, impressos na década de 1970 até meados da década de 2000 e ainda, produções acadêmicas locais. As ilustrações do livro foram feitas com imagens de acervos pessoais dos entrevistados cujos registros são do fim do século XX.