O Coletivo Errantes apresenta, no período de 10 de maio a 14 de julho, no Museu dos Povos Acreanos (MPA), em Rio Branco, a exposição Ocupação UrbanoMarginal, resultado do trabalho de um grupo de alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac), que, por meio de peças de artes visuais, faz uma leitura da sociedade contemporânea acreana, misturando realidade com ficção em telas e materiais reaproveitados.
A arte urbana marginal não está atrelada a padrões estéticos e é justamente essa liberdade de expressão que é apresentada pelos artistas Diego Fontenele, João Victor Gomes, José Lucas da Costa e Jhonatas Nathan, que assinam as peças apresentadas ao público no MPA, sob a curadoria da professora Débora Tacana.
Os estilos são os mais diversos, desde técnicas convencionais de pintura ao grafite, revelando temas regionais, incluindo os mitos amazônicos, à cultura pop, em ilustrações que revelam a identidade e influência de cada um. “A produção dos alunos da Ufac dialoga com a sociedade, por isso convidamos professores e educadores para que tragam seus estudantes, porque aqui eles vão ver muitas temáticas discutidas e pensadas no contexto contemporâneo, que podem servir como suporte pedagógico da sala de aula”, destaca a professora Débora.
O Coletivo Errantes, que nasceu dentro da Ufac com o apoio da Associação de Docentes (ADufac), vem se fortalecendo e encontrando condições para produzir e evidenciar suas potencialidades, muito além da universidade.
“Essa é a segunda exposição do Coletivo, mas a primeira externa à universidade, fruto de uma parceria interinstitucional com a Fundação de Cultura Elias Mansour, mediada pela ADufac”, esclarece Diego Fontenele.
“Estamos muito felizes em ocupar novos espaços na cidade. É importante que a nossa arte seja cada vez mais acessível”, diz João Victor. A mesma visão é pactuada com José Lucas, que aposta no surrealismo, expondo em suas obras partes do corpo humano, destacando a anatomia como um elemento estético.