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Por conta das eleições, casas do ‘1001 Dignidades’ devem ser entregues somente em 2025

Foto: Iryá Rodrigues

O programa habitacional ‘1001 Dignidades’ teve sua entrega adiada para o próximo ano. O motivo, segundo informou o prefeito Tião Bocalom, nesta sexta-feira, 10, são questões eleitorais. A previsão era de que as casas seriam entregues no próximo domingo, 12, no Dia das Mães.

“Mesmo porque, este ano, é um ano eleitoral, e nós temos um problema sério em anos eleitorais, como se trata de doação, não é financiamento pela Caixa, é doação. Então, todo a nossa equipe jurídica achou que, mesmo que a gente apronte isso até o final do ano, o ideal é que a gente não faça a entrega este ano”, afirmou o prefeito.

O programa habitacional ‘1001 Dignidades’ faz parte de um conjunto de iniciativas destinadas a oferecer moradia digna para as famílias em situação de vulnerabilidade em Rio Branco.

Além deste, também estão em tramitação o Minha Casa Minha Vida, do governo federal em parceria com a prefeitura, e o Minha Dignidade, totalizando a mais de 1,8 mil casas e apartamentos que devem ser direcionados a famílias que moram em regiões de risco e também pessoas de baixa renda.

Bocalom detalhou que o ‘Minha Casa Minha Vida’ contempla 685 imóveis, enquanto o ‘Minha Dignidade’ prevê 416 residências, sendo metade destinada a servidores efetivos da prefeitura.

No entanto, o ‘1001 Dignidades’, inicialmente planejado para beneficiar 1001 famílias, precisou passar por ajustes devido à necessidade de repassar áreas para outro programa, reduzindo temporariamente o número de unidades disponíveis.

“O 1001 Dignidades, em função de que a gente teve que repassar áreas para o programa Minha Casa Minha Vida, reduziu para 772. Mas, nós estamos agora desapropriando outras áreas para até o final do ano estar fechado nos 1001 de novo”, explicou o prefeito.

Investimento

O foco desses programas habitacionais é atender principalmente as famílias que vivem em áreas de risco, especialmente aquelas atingidas por enchentes. Com investimentos da ordem de R$ 40 milhões somente no ‘1001 Dignidades’, o objetivo é realocar essas famílias para regiões seguras e providas de infraestrutura adequada.

Enquanto as casas do ‘1001 Dignidades’, por serem uma doação municipal, estão sujeitas a restrições legais específicas relacionadas ao período eleitoral, as casas do programa ‘Minha Casa Minha Vida’, do governo federal, seguem seu curso normal este ano.

O prefeito informou que a seleção dos beneficiários é feita de forma criteriosa pela Secretaria de Assistência Social, em conjunto com a Defesa Civil, garantindo que as casas sejam direcionadas para quem mais precisa.

Com relação aos imóveis que devem ser disponibilizados para financiamento aos servidores efetivos da prefeitura, Bocalom informou que são direcionados a quem recebe até três salários-mínimos.

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