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Acreanas são resgatadas na Bolívia em operação contra tráfico de mulheres e exploração sexual

Autoridades bolivianas, em colaboração com investigadores brasileiros, capturaram um boliviano suspeito de envolvimento no tráfico de mulheres acreanas para exploração sexual. As vítimas, provenientes da região fronteiriça do Alto Acre, teriam sido atraídas por uma oferta de emprego na cidade de Rurrenabaque, ao norte da Bolívia.

Na última quarta-feira, 8, membros da Divisão de Análise Criminal e Investigações (DACI) e da Força Especial de Combate ao Crime (Felcc) prenderam Favio J.R., de 44 anos, sob acusação de tráfico humano. A intervenção ocorreu na casa do acusado, situada em Rurrenabaque, Beni.

No momento da captura, duas mulheres acreanas, de 21 e 31 anos, foram resgatadas pelas autoridades. O promotor departamental de Pando, Marcos Arce, destacou a gravidade do tráfico humano, enfatizando que ele transforma seres humanos em mercadorias, violando seus direitos fundamentais.

As investigações iniciais revelaram que as brasileiras, ao chegarem ao aeroporto internacional de Cobija, foram desviadas de seu destino original e levadas para o interior de Beni. No primeiro dia, foram forçadas a se envolver em atividades sexuais com clientes de uma boate local.

“Entre as primeiras medidas investigativas do Ministério Público está a obtenção de relatórios psicológicos das vítimas, que descrevem o recrutamento realizado por uma mulher conhecida como Carolina”, afirmou Arce, mencionado em comunicados oficiais.

O Ministério Público de Pando e Rurrenabaque possui evidências médicas, testemunhais, e materiais apreendidos, incluindo celulares, que serão fundamentais para o desdobramento do caso.

A prisão do traficante foi possível graças à cooperação entre as procuradorias de Pando e Beni. Um menor de idade foi resgatado.

As vítimas conseguiram fugir da situação de exploração sexual e procuraram ajuda na capital Pandina, na fronteira com o Brasil. Após prestar depoimento, identificaram Carolina e Favio como os principais responsáveis pelo esquema criminoso.

O caso foi acionado a pedido de colaboração da Polícia Federal do Brasil e a Procuradoria Departamental de Pando iniciou a investigação pelo crime de tráfico de pessoas porque as mulheres chegaram a Cobija vindas da capital acreana Rio Branco, em meados de 2023, detalhou o promotor Rolando Sanches.

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