O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser transferido nesta segunda-feira para Brasília, de acordo com o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Bolsonaro chegou a permanecer no hospital em Manaus (AM) entre sexta-feira e sábado, para tratar de um quadro de erisipela. Menos de 24 horas após receber alta, o ex-presidente voltou a buscar atendimento médico.
“Meu pai passa bem, já reage bem aos antibiótico e hoje deve ser transferido para Brasília” publicou Eduardo, agradecendo o advogado e ex-ministro do pai, Fabio Wajngarten, por cuidar da logística.
Erisipela é uma infecção na pele causada por bactérias que penetram por ferimentos, principalmente nas pernas. Bolsonaro também teve desidratação, mas passa bem, segundo seus auxiliares.
Bolsonaro viajou à capital amazonense para um evento do PL Mulher, presidido por Michelle. Ele foi levado às pressas para um hospital na sexta-feira, e recebeu alta no dia seguinte. Na saída do hospital, no sábado, o ex-presidente afirmou não ter dormido na noite anterior e que sua família não queria que ele viajasse. O ex-presidente comentou sobre a doença na ocasião.
— Quando cai a imunidade da gente por problemas variados, a erisipela é comum de acontecer — comentou Bolsonaro.
No domingo, Bolsonaro retornou ao hospital por apresentar dores abdominais e para observar o quadro clínico. “O ex-presidente retornou ao hospital para continuar a medicação e permanece em observação para melhor evolução do quadro clínico”, escreveu o deputado federal Capitão Alberto Neto.
O governador de Amazonas, Wilson Lima, foi visitar o ex-presidente. “Deixei nossa equipe à disposição para ajudar no que for necessário. Ele afirmou que está bem e daqui a pouco já está 100%”, disse o governador sobre o encontro.
O ex-presidente já havia enfrentado o mesmo problema de saúde em novembro de 2022, após sua derrota nas eleições presidenciais. A doença teria um sido um dos motivos por trás da sumiço do ex-presidente evitou ir ao Palácio do Planalto no final de seu mandato.
— É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda? — afirmou o então vice-presidente Hamilton Mourão, ao GLOBO na época.
A doença voltou a acometer o presidente porque a infecção pode ser curada, mas o tratamento não cria proteção para episódios futuros. Novas ocorrências podem aparecer principalmente se houver fatores de risco como obesidade, diabetes, insuficiência venosa, entre outras.
O tratamento pode ser feito com o uso de antibióticos específicos prescritos por um médico para eliminar a bactéria. O paciente também deve manter repouso, deixando as pernas elevadas para eliminar o inchaço. É preciso tratar também as lesões de pele e as frieiras, mantendo-as limpas para evitar proliferação da bactéria.
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