O julgamento do governador Gladson Cameli (PP) no Supremo Tribunal de Justiça está previsto para a próxima quinta-feira, 16. Na pauta, os ministro decidem se Cameli vai se tonar réu em ação que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro público no Acre. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa gestores acreanos de crimes de organização criminosa, corrupção, peculato e fraude em licitação.
De acordo com uma reportagem divulgada pela Revista Veja, nesta quinta-feira, 8, a PGR quer o afastamento do governador no STJ e ainda denuncia familiares dele, empresários e servidores por recebimento de propina e desvios em obras.
Segundo fontes da Veja, há indicativos de que os ministros da Corte Especial vão aceitar a denúncia contra Cameli, no entanto, ele não deve ser afastado do cargo. Os ministros consideram o afastamento uma medida drástica que configuraria condenação antecipada do governador e que os fatos, que motivariam o afastamento, não são amparados em argumentos atuais.
Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Ptolomeu investiga possíveis irregularidades envolvendo uma suposta contratação fraudulenta da empresa Murano Construções LTDA, que teria recebido 18 milhões de reais para a realização de obras de engenharia viária e de edificação no estado.