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Arqueólogos recuperam lápides medievais de naufrágio de mais de 800 anos no Reino Unido

Arqueólogos recuperam lápides medievais de naufrágio de mais de 800 anos no Reino Unido

Arqueólogos recuperam peças em naufrágio de 800 anos — Foto: Divulgação

Arqueólogos marinhos da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, recuperaram duas lápides medievais durante uma busca a um antigo naufrágio, no último dia 4, no fundo da baía de Studland. As peças, esculpidas em mármore Purbeck, estavam entre a carga do naufrágio mais antigo da Inglaterra, que afundou na costa de Dorset, no século XIII.

Segundo o comunicado da universidade, divulgado na sexta-feira, a operação para a recuperar as duas peças durou ceca de duas horas, já que as peças estavam a uma profundidade de pelo menos sete metros. Uma das peças, que está conservada, mede um metro e meio e pesa 70 quilos. Já a outra, é dividida em duas peças, e pesa 200 quilos.

A menor peça pesa cerca de 70 quilos — Foto: Divulgação
A menor peça pesa cerca de 70 quilos — Foto: Divulgação

As duas também têm esculturas de cruzes cristãs, que eram populares no século XIII e podem ter sido utilizadas como tampas de caixões ou monumentos para o alto clero, como analisam os pesquisadores.

“O naufrágio ocorreu no auge da indústria da pedra de Purbeck e as lápides que temos aqui eram um monumento muito popular para bispos e arcebispos em todas as catedrais e mosteiros da Inglaterra da época”, explicou Tom Cousins, arqueólogo marítimo da Universidade de Bournemouth que liderou a recuperação.

Após serem recuperadas, as lápides vão passar pelo processo de dessalinização e serão conservadas pela própria universidade. A instituição ainda pontua que, futuramente, os objetos poderão ser expostos ao público com outros artefatos recuperados, que devem ficar na Galeria do Naufrágio, no museu Poorle.

O local do naufrágio foi descoberto pela primeira vez em 1982, mas foi considerado como “entulho” no fundo do mar. “Seu significado não foi percebido até 2019, quando Tom e uma equipe da Universidade mergulharam no local e descobriram os segredos escondidos sob a areia”, destacou a nota da instituição.

A instituição também informou que seguirá explorando os destroços do naufrágio ao longo dos próximos anos e busca incluir uma operação para registrar as estruturas do navio naufragado, que está conservado na areia.

Fonte: O globo/Época
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