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Comer mais frutas diminui o risco de depressão, sugere pesquisa

Publicada na última quarta-feira (29) no periódico Journal of Affective Disorders, a pesquisa foi pioneira em abordar a ausência de evidências científicas voltadas para pessoas mais velhas e de países de baixa e média renda. O estudo foi realizado com participantes de diversas regiões, incluindo Estados Unidos, Suécia, Nigéria, Malásia, Austrália e até mesmo o Brasil.

Ao todo, os cientistas entrevistaram 7.801 adultos que não tinham depressão. Eles então analisaram o consumo de frutas e vegetais por meio de um questionário, respondido com base no autorrelato dos voluntários, que abordava a frequência e seus históricos alimentares. Possíveis sintomas de depressão também foram avaliados nesse meio tempo.

As associações entre a ingestão de frutas e vegetais e a incidência de depressão ao longo de um período de 3 a 9 anos foram analisadas utilizando a regressão de Cox, um método que permite a construção um modelo preditivo que estima a probabilidade de ocorrência do evento em um determinado momento. A partir disso, concluiu-se que existe de fato uma ligação benéfica entre o maior consumo de frutas e um menor risco de desenvolver depressão.

Publicada na última quarta-feira (29) no periódico Journal of Affective Disorders, a pesquisa foi pioneira em abordar a ausência de evidências científicas voltadas para pessoas mais velhas e de países de baixa e média renda. O estudo foi realizado com participantes de diversas regiões, incluindo Estados Unidos, Suécia, Nigéria, Malásia, Austrália e até mesmo o Brasil.

Ao todo, os cientistas entrevistaram 7.801 adultos que não tinham depressão. Eles então analisaram o consumo de frutas e vegetais por meio de um questionário, respondido com base no autorrelato dos voluntários, que abordava a frequência e seus históricos alimentares. Possíveis sintomas de depressão também foram avaliados nesse meio tempo.

As associações entre a ingestão de frutas e vegetais e a incidência de depressão ao longo de um período de 3 a 9 anos foram analisadas utilizando a regressão de Cox, um método que permite a construção um modelo preditivo que estima a probabilidade de ocorrência do evento em um determinado momento. A partir disso, concluiu-se que existe de fato uma ligação benéfica entre o maior consumo de frutas e um menor risco de desenvolver depressão.

Essa possibilidade já havia sido levantada pela comunidade científica antes. Os altos níveis de antioxidantes, fibras alimentares e vitaminas presentes nesses grupos alimentares já tinham sugerido que as frutas e vegetais poderiam exercer uma influência benéfica na saúde mental. Seu poder nutricional pode servir como um mecanismo de prevenção, assim como seu papel na inflamação, no estresse oxidativo e na microbiota intestinal.

O estudo aponta ainda a probabilidade de que diferentes tipos possam ter impactos distintos no risco de depressão. A evidência de que frutas cítricas e vegetais de folhas verdes estão associados a um menor risco de sintomas depressivos é especialmente forte. Embora os resultados desta análise indiquem um benefício potencial da ingestão de vegetais, eles não foram estatisticamente significativos.

“A razão pela qual encontramos uma relação benéfica para a ingestão de frutas, mas não de vegetais, pode ser que os vegetais são normalmente consumidos cozidos, o que pode impactar seu conteúdo de nutrientes, enquanto as frutas são geralmente consumidas cruas”, diz a pós-doutoranda Annabel Matison, que liderou o estudo, em comunicado. “De qualquer forma, a descoberta da associação protetora entre a ingestão de frutas e o risco de depressão demonstra a necessidade de dar maior ênfase à dieta nos cuidados de saúde.”

Fonte: Revista Galileu

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