O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) promoveu, nessa terça-feira, 25, uma reunião com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Estadual e Municipal de Rio Branco para discutir ações de prevenção e combate aos incêndios florestais e outros problemas relacionados à estiagem prolongada que assola o estado.
O encontro, conduzido pelo procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro, contou com a participação do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Charles Santos, do coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, e do coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão. Danilo Lovisaro destacou o papel do MPAC na defesa do meio ambiente, saúde e outras áreas afetadas pela estiagem e queimadas.
“Vivemos um momento de eventos climáticos extremos no mundo. Aqui no Acre, ainda este ano, sofremos com uma das piores alagações de nossa história e agora enfrentamos um longo período de estiagem. O objetivo da reunião é partilhar experiências, verificar o que cada um está fazendo e como podemos colaborar tanto no campo preventivo quanto repressivo”, destacou o procurador-geral de Justiça.
Também participaram o coordenador do Grupo Especial de Apoio e Atuação para Prevenção e Resposta a Situações de Emergência ou Estado de Calamidade devido à Ocorrência de Desastres (GPRD), procurador de Justiça Carlos Maia, a coordenadora do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), promotora de Justiça Marcela Ozório, e os promotores da Promotoria de Saúde, Ocimar Sales, e de Meio Ambiente, Alekine Lopes.
Operação Fogo Controlado
O capitão Rogério Freitas, do Corpo de Bombeiros, apresentou os detalhes da Operação Fogo Controlado, que terá início na quarta-feira (26) e se estenderá até o mês de novembro. A operação visa combater os incêndios durante o período de estiagem e prevê ainda ações de educação e fiscalização, resgate de animais ameaçados pelas queimadas, assistência a populações afetadas pela seca, entre outras.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Charles Santos, apontou como crucial a união dos órgãos fiscalizadores para evitar que a situação se agrave no auge do verão, que deve ocorrer até setembro. “Precisamos conscientizar a população, especialmente sobre os riscos das queimadas, prática comum nesse período para limpeza de terrenos”, disse.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, destacou que o plano de contingência do Estado para a estiagem está pronto e foram realizadas diversas reuniões com órgãos governamentais de diferentes áreas. “O objetivo é minimizar os impactos da estiagem na agricultura, pecuária e piscicultura, nas comunidades indígenas em relação à segurança alimentar, entre outras áreas”.
Outro ponto abordado foi a possibilidade de desabastecimento de água diante da ausência de chuvas e da diminuição do nível do Rio Acre. O diretor de administração de desastres da Defesa Civil Municipal apontou a situação como preocupante, mas destacou que o órgão já está adotando medidas para enfrentar a seca.
“Estamos realizando ações para abastecimento de água em comunidades rurais de Rio Branco que já estão desabastecidas e preparando a decretação emergencial para agilizar a resposta do poder público municipal”, apontou.