“Parece que, desde que começou a ir para a escola, meu filho está sempre doente.” Quem nunca ouviu ou fez um comentário como esse que atire a primeira pedra. É muito comum ver pais e cuidadores reclamando do aumento repentino de idas ao pediatra ou ao pronto-socorro depois do começo das aulas. Mas, afinal, que doenças são essas que tanto tiram as crianças do colégio?
Uma pesquisa conduzida pela plataforma de saúde escolar Coala Saúde mostrou quais são as questões que mais afetam a saúde dos alunos. Depois de analisar 1.250 atendimentos de telemedicina, feitos com estudantes de 82 escolas de todas as regiões do Brasil, chegou-se a uma conclusão: conjuntivite, gripe e gastroenterite são as doenças campeãs em tirar as crianças da sala de aula.
Segundo o relatório, a conjuntivite é a principal causa de afastamento dos alunos por causa doenças. Ela lidera o ranking com 18,1% dos casos. Em seguida, vêm os quadros de síndromes gripais (12,5%) e os de gastroenterite (10,4%):
Conjuntivite (18,1%)
Síndromes Gripais (12,5%)
Gastroenterite (10,4%)
Síndrome Mão-pé-boca (4,7%)
Escarlatina (4,7%)
Esse afastamento por doenças infectocontagiosas costuma acontecer com mais frequência entre alunos da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: eles representam 83,6% dos casos analisados no relatório. “Nessa faixa etária, temos uma imunidade e um corpo mais suscetível a trocas com o ambiente, criação de mecanismos de defesa e, consequentemente, maior prevalência de doenças infecciosas, sejam elas virais ou bacterianas”, explica médico Rafael Kader, CEO da Coala Saúde.
E de nada adianta “colocar as crianças numa bolha”, na tentativa de protegê-las. Ficar doente depois de começar a frequentar a escola faz parte do processo. “O desenvolvimento natural da criança e do adolescente envolve passar por essas etapas, mas isso não significa que a gente não possa tomar os devidos cuidados” afirma Kader.
Fonte: Revista Crescer