Os docentes da Universidade Federal do Acre (Ufac) irão se se reunir nesta quinta-feira, 20, para avaliar a proposta do governo federal em mexer com a carga horária, porém sem reajuste salarial para o este ano de 2024.
A proposta do Ministério da Educação (MEC) diz respeito à alteração na carga horária docente, através da revogação da Portaria n.º 983/2020, do governo Jair Bolsonaro (PL).
Conforme a portaria, o docente deve cumprir um mínimo de 14 horas semanais, se for em regime de tempo integral; ou 10 horas, caso seja em regime de tempo parcial. Com a revogação da norma, o governo tenta, sem mexer com a questão salarial, satisfazer um pedido dos professores para então pôr fim à greve.
Em greve há mais de um mês, o comando local da greve docente na Ufac realizou uma assembleia, nesta terça-feira, 18, para de discutir a atitude da reitoria em se retirar da quarta mesa de negociações, antes mesmo do fim da reunião, promovida na última sexta-feira, 14.
Entenda o impasse
Segundo a professora representante do comando local da greve docente, membra do Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Raquel Ishii, a reitora Guida Aquino se retirou da mesa de negociações faltando 15 minutos para o término da reunião, além de cancelar toda a agenda com os docentes e discentes.
“Estamos sem respostas oficiais sobre a continuidade das discussões e pior, até o momento, a reitoria sequer assinou o termo de acordo que foi pactuado nas três primeiras reuniões, quando discutimos e chegamos a um consenso sobre os problemas do Colégio de Aplicação. Então, a reitoria não apenas interrompeu o diálogo, como desfez os acordos que fizemos com o professor Josimar Batista, vice-reitor da Ufac, que esteve representando a reitoria nas três primeiras reuniões”, explica Raquel.
Resposta da Reitoria
Em suas redes sociais, Guida Aquino se pronunciou a respeito da reunião com o movimento grevista dos docentes.
“Por falta de respeito, por falta de um diálogo democrático, nós suspendemos a reunião e nesse tom nós não vamos continuar, nós e todos os reitores das universidades e institutos não somos inimigos dessa greve, pelo contrário somos servidores desta mesma casa, lutamos pelos mesmos direitos, lutamos pela melhoria dos salários, pela melhoria da progressão das nossas carreiras e eu tenho lutado por essa universidade, esses 6 anos de reitoria”, diz a reitora da Ufac.
Confira o vídeo do pronunciamento:
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