O Rio Acre, em Rio Branco, apresenta níveis de água alarmantemente baixos para esta época do ano, indicando uma seca severa em 2024. O manancial está com 2,60 metros neste domingo, 2, e no mesmo período no ano passado estava com mais de três metros.
“A média para o final de maio é de 5,63 metros, e hoje ele bateu a marca de 2,60 metros. Nos últimos dias, ele chegou a níveis ainda mais baixos”, afirmou o tenente-coronel Cláudio Falcão, da Defesa Civil de Rio Branco.
Para ilustrar a gravidade da situação, o tenente-coronel comparou os dados atuais com os anos anteriores. “Em 2023, nesta mesma época, o rio estava acima de 3 metros. Este ano, o Rio Acre pode baixar de dois metros já na primeira quinzena de junho, algo que nunca aconteceu antes da segunda quinzena de julho”, explicou Falcão. Esse comportamento atípico sugere uma seca muito séria, possivelmente a mais severa dos últimos dez anos.
Segundo Falcão, a Defesa Civil está se preparando para uma seca mais severa do que a de 2022, quando o rio atingiu a menor cota da história, de 1,25 metro. “Estamos vendo eventos extremos todos os anos, tanto inundações quanto secas. Estamos preparados para uma seca mais severa do que a do ano passado”, disse.
A situação não é alarmante apenas em Rio Branco. Em Brasiléia, o Rio Acre está medindo 1,25 metro atualmente. “Não está ainda mais baixo devido às chuvas na região do Riozinho do Rôla e do Espalha, que acabaram chegando a Rio Branco”, comentou Falcão.
Os baixos níveis do rio indicam impactos significativos em várias áreas. “Com uma seca severa, temos muitos prejuízos na agricultura, na piscicultura, na lavoura, na pecuária, além do risco de desabastecimento de água. A falta de chuva, rio muito baixo e calor também levam a um aumento nas queimadas”, alertou Falcão.