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Rio Acre registra menor nível da história para junho com 1,89 m na capital

Foto: Arquivo/Defesa Civil Municipal

O Rio Acre atingiu a marca de 1,89 metro nesta quarta-feira, 19, em Rio Branco, registrando o menor nível já medido para o mês de junho. Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, da Defesa Civil Municipal, esta é uma situação sem precedentes para essa época do ano.

“De uma maneira geral, essa é a menor marca de todos os tempos para o mês de junho, para essa data. Na realidade, nós deveríamos estar com uma média de 4 metros a mais, se fosse anos atrás. Então nós já estamos com 1,89 metro no dia de hoje”, destacou Falcão.

Ele ainda alertou sobre a tendência de agravamento. “A tendência futura é que a situação se agrave ainda mais, e daqui a pouco a gente possa chegar em 1,5 metro. No caso de Brasileia, o rio está com 1,08 metro. Já temos o Espalha, que está com 77 centímetros apenas de água, e é um afluente também do Rio Acre.”

A seca prolongada desde maio, combinada com o fenômeno La Niña, aponta para chuvas abaixo da média para o trimestre julho, agosto e setembro.

“Com o rio já muito baixo, então a tendência é se agravar. Aí vem os prejuízos econômicos, prejuízos para saúde, desabastecimento de água em comunidades rurais, que nós já começamos a atender essas comunidades”, explicou o tenente-coronel.

Plano de contingência

Em resposta à crise hídrica e ao avanço da estiagem, a Defesa Civil Municipal de Rio Branco antecipou o início das operações do plano de contingência de escassez hídrica. Desde o início de junho, a Defesa Civil iniciou o abastecimento de água potável nas comunidades rurais, visando amenizar os impactos da seca.

“A meta é distribuir 30 milhões de litros de água ou mais. Inicialmente, 19 mil pessoas serão beneficiadas, podendo aumentar este número. Caminhões pesados estarão diariamente nas comunidades sob o comando da Defesa Civil”, afirmou Falcão.

A falta de chuva e o calor intenso trazem consequências adicionais, como o aumento das queimadas, que afetam a qualidade do ar e a saúde da população. “Nós temos uma baixa umidade relativa do ar, e tudo isso afeta diretamente a saúde da população”, concluiu Falcão.

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