A seca no Acre preocupa as autoridades. Em Rio Branco, por exemplo, a última chuva significativa registrada foi no dia 25 de maio, segundo monitoramento da Defesa Civil Municipal. O cenário de escassez tem se agravado, dia após dia, com a redução do nível do Rio Acre, que, nesta segunda-feira, 24, registrou a marca de 1,81 metro.
“A última chuva foi no dia 25 de maio e, durante todo mês de junho, não choveu nada. Para não dizer que não choveu nada, choveu 0,6 milímetros, que não é nada. Então, não choveu no mês de junho e também só choveu quase no final do mês de maio, e isso está trazendo várias consequências”, alerta o tenente-coronel da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão.
Falcão destaca as áreas já afetadas pela escassez de água. “Temos prejuízos econômicos nas plantações, que já demonstram que não vão ser fertilizadas. A piscicultura também será prejudicada, bem como a bacia leiteira”, observa o gestor, acrescendo ainda que a onda de calor já afeta a saúde dos rio-branquenses. “Também já iniciou um período no qual se registra alguns focos de incêndio”.
De acordo com o militar, o Acre enfrenta uma das secas mais severas da história. “E a tendência é que o Rio Acre baixe ainda mais. Isso significa dizer que o nível do Rio Acre mede o que nós temos de água no subsolo. Ou seja, também vão secar represas, poços, e as pessoas que são abastecidas através de poços serão prejudicadas diretamente”, observa.
Vale salientar que no Acre, os períodos de maior criticidade da seca são registrados nos meses de agosto e setembro.