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‘Aquele era o dia que a morte tinha marcado de encontrar Wesley’, diz advogado de policial acusado de homicídio

O advogado Carlos Venícius, que faz a defesa do policial penal Raimundo Nonato Veloso, acusado de matar, no ano passado, um jovem de apenas 20 anos em um bar na ExpoAcre, deu declarações polêmicas acerca do caso.

Segundo ele, aquele era o dia em que a morte havia marcado de encontrar Wesley Santos da Silva, que morreu após disparo de arma de fogo efetuado pelo agente penitenciário.

Não satisfeito com a declaração, ele afirmou ainda que a vítima foi arrastada para esse encontro com a morte pela namorada, Rita de Cássia. A jovem, que, na época, tinha 18 anos, foi atingida com três tiros e sobreviveu.

“Em nenhum momento Raimundo Nonato demonstrou intenção de executar ninguém. É só olhar os registros. Ele escolheu mirar e atingir em regiões não letais. Só que, infelizmente, aquele era o dia que a morte tinha marcado para encontrar Wesley. E ele foi arrastado para esse encontro pela Rita de Cássia”, disse o advogado.

As informações são do site ac24horas.

Nonato está preso preventivamente – Foto: Cedida

Venícius justificou a declaração ao alegar que o policial apenas quis se defender das supostas agressões de Rita, mirando a arma para baixo e atingindo a perna da jovem. No entanto, uma das balas acabou acertando Wesley na região pouco acima da cintura. Ele morreu no hospital.

O caso aconteceu em agosto de 2023, em um bar nas dependências do Parque de Exposições. Segundo as acusações, o policial estaria assediando mulheres no estabelecimento e, ao abordar Rita, foi repreendido por ela, que o teria empurrado.

Ao perceber a confusão, Wesley tentou defender a namorada. O casal, então, teria sido ameaçado por Nonato, o que resultou nos quatro disparos que feriram Rita e mataram o jovem aniversariante.

Nesta quarta, 6, o acusado teve mais um pedido de liberdade negado. Ele também deixou de receber o salário de R$ 9 mil, o que vem gerando protestos da família e dos advogados de defesa.

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