Mulheres e homens contrários ao projeto de lei 1.904, que equipara aborto a homicídio, participam, na tarde desta sexta-feira, 14, de uma manifestação nas escadarias do Colégio de Aplicação, no Centro de Rio Branco.
O ato, que começa às 17h, é promovido pelo comando de greve docente da Universidade Federal do Acre (Ufac) e pelo Levante Feminista Contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio no Acre.
“Vamos mostrar a pressão e a força das mulheres acreanas contra esse projeto proposto pela bancada do estupro! Não podemos deixar que vítimas de estupro, que realizam aborto a partir da 22ª semana, sejam criminalizadas”, diz o convite.
Patrocinado pelas alas religiosas e ultraconservadoras do Congresso, o PL teve sua urgência de tramitação aprovada nesta semana, na Câmara dos Deputados, em Brasília, sem discussões nas comissões, o que gerou críticas.
Se a proposta virar lei, meninas e mulheres estupradas que realizarem aborto após a 22ª semana de gestação podem ir para a cadeia, e, em alguns casos, com pena maior do que a do abusador.
Nas redes sociais, o projeto ganhou o apelido de “PL do estupro” e vem ganhando cada vez mais repercussão negativa. Em votação popular e aberta no site da Câmara, a proposta já é rejeitada por 87% dos votantes.