A aprovação de um requerimento de urgência na Câmara dos Deputados gerou forte reação dentro e fora do parlamento. Após pressão da bancada evangélica, foi aprovada a tramitação mais rápida do Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio, inclusive em casos de estupro.
A votação, feita “às escuras” no plenário e sem ser anunciado o projeto, motivou protestos em todo o país. Uma enquete popular no site da Câmara mostra que 87% “discordam totalmente” do texto, enquanto 13% “concordam totalmente”.
A grande repercussão influenciou o andamento da proposta na Casa Baixa. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende segurar a votação do mérito do texto, e não há previsão nem mesmo para definir a relatoria.
A escolha de uma deputada de centro, fora do campo da direita ou da esquerda, foi ponderada. O nome da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) também foi citado, como coordenadora da bancada feminina com boa interlocução com as diferentes bancadas e política experiente. Apesar disso, o martelo ainda não foi batido.
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Fonte: Metrópoles