O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) informou que a categoria entrou em estado de greve e deu um prazo de 40 dias para negociação com o governo. A decisão foi tomada durante assembleia geral extraordinária realizada na noite dessa quinta-feira, 6.
A categoria cobra a reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), entre outras reivindicações.
A GAZETA entrou em contato com o governo do estado para saber se vai ser manifestar a respeito da mobilização dos médicos e aguarda resposta até última atualização desta reportagem.
Conforme o sindicato, o alerta será enviado aos gestores estaduais, estabelecendo como prazo final o dia 17 de julho, quando deverá ocorrer mais uma assembleia, que pode confirmar a deflagração do movimento de paralisação por tempo indeterminado e a suspensão dos plantões extras.
“Oferecemos um prazo de mais de 40 dias para que o governo não possa alegar falta de tempo para o diálogo, pois sempre estivemos dispostos a negociar. A greve só será deflagrada se o governo não atender nossas demandas. A situação é de muita revolta entre os médicos, porque trabalharam, mas estão vendo suas gratificações serem cortadas de forma ilegal”, explicou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
Nesta sexta-feira, 7, ao confirmar o pagamento do reajuste salarial de 5,08% aos servidores públicos estaduais no salário de junho, o governo do Acre informou que a realidade fiscal atual do Estado impõe a necessidade de ajustes e cortes de despesas para garantir a implementação do reajuste. E afirmou ainda que, como o comprometimento dos gastos com pessoal está acima do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo está proibido de realizar correções de PCCR, além do percentual já concedido e que se encontra em execução de forma parcelada.