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Poder de barganha de Petecão prevalece e Marfisa está na disputa em Rio Branco

Foto: Cedida

Ao contrário do que se tem apregoado por aí, a indicação de Marfisa Galvão (PSD) para a vaga de vice de Marcus Alexandre (MDB) não deve impactar negativamente o favoritismo que o ex-petista divide nas pesquisas com o atual prefeito Tião Bocalom (PL). O motivo é simples: a esmagadora maioria do eleitorado não vota pensando em vice, mas no nome que encabeça a chapa.

Segue o baile

Dito isto, o baile segue normalmente para a pré-candidatura do ex-prefeito, que, finalmente, está com o time completo para ir às ruas assim que for dada a largada para a disputa.

Sem surpresa

A indicação de Marfisa já era esperada. Entre os 10 partidos que formam a aliança em torno de Alexandre, o PSD é, talvez, o que possui maior poder de barganha para emplacar a vaga.

Lenha para queimar

Primeiro, porque a sigla tem um senador em seus quadros. Apesar da derrota em 2022, quando disputou o governo, Petecão ainda é uma liderança política para não subestimar.

Céus e terras

Tendo a esposa novamente indicada a vice, o parlamentar federal deverá mover céus e terras para garantir a vitória da dobradinha Marcus e Marfisa, assim como o fez em 2020.

Treta

Naquele ano, vale recordar, o cenário era outro. A esposa de Petecão disputou como vice de Bocalom (PL) e foi eleita, mas o casal rompeu com o prefeito e passou para a oposição.

Bloco na rua

Ainda sobre 2020, quem não tem memória curta vai lembrar que o PSD pôs todo o seu bloco na rua para assegurar a vitória de Bocalom, coisa que o então partido dele, o PP, não fez.

Veste a camisa

E isso nos leva ao 2º motivo pelo qual Marfisa pode ter largado na frente e conquistado o disputadíssimo espaço na chapa de Marcus: a militância do PSD veste a camisa para valer.

Barulheira doida

Os pessedistas fazem uma das campanhas de rua que mais chamam a atenção. Uma barulheira danada! Vem deles, também, os jingles que arrancam risadas dos eleitores. Ou seja, é popular.

Realidade cruel

O arco de alianças em torno do MDB é formado, ainda, pelo PRD, PV, PCdoB, PT, PSOL, Rede, Agir e DC. Nenhuma dessas siglas tem, hoje, expressividade suficiente para brigar pela vaga de vice.

Opções

Agora, justiça seja feita: nomes mais qualificados foram apresentados ao pré-candidato. O médico Eduardo Farias (PCdoB), por exemplo, foi um deles. Mas, na política, os acordos falam mais alto.

Birra tucana

Puro charme a ameaça do PSDB de virar as costas para Bocalom e Alysson Bestene (PP) e “abrir diálogo” com os demais pré-candidatos. No fim das contas, voltaram para onde nunca saíram.

Foto: Divulgação/PSDB

Pois é…

O partido está abrigado debaixo do guarda-chuva do governador Gladson Cameli (PP). Tem secretaria no Estado e comanda a mesa-diretora em uma Aleac quase toda governista.

Não é bem assim

Apesar de o governador “liberar” os partidos da base para subirem no palanque que quiserem na capital acreana, todo mundo sabe que, no mundo real, não é assim que a banda toca.

Não deu

E o ex-deputado Jenilson Leite (PSB) ficou mesmo fora da chapa de Marcus Alexandre. Sonhou com a vaga de vice e acordou – pelo menos até agora – tão isolado quanto estava em 2022.

Vem aí?

Ele adiantou à coluna que, na segunda, 8, terá um importante anúncio a fazer. Isso após se reunir com o presidente nacional do PSB para discutir eleições. Vem aí sua pré-candidatura?

Perde o MDB

Jenilson seria um dos nomes mais qualificados para a vaga de vice de Marcus. Com ele na jogada, não tem “tanto faz”, pois viria, incontestavelmente, para somar. Perde o MDB.

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