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Irmãs de 17 e 19 anos sofrem colapso pulmonar por excesso de vape

Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, são populares entre jovens, mas podem causar sérios problemas de saúde. A britânica Tazmin Blight, de 19 anos, viciada no dispositivo, foi internada após seu pulmão entrar em colapso, assim como aconteceu com sua irmã mais nova, Kyla, poucas semanas antes.

Tazmin fumava o equivalente a 50 cigarros por dia e foi levada ao hospital após sentir um “aperto” no peito. Inicialmente, os médicos acreditavam que ela poderia estar sofrendo de desconforto digestivo, mas descobriram que uma pequena bolsa de ar tinha se formado em seu pulmão e estourado, causando um colapso.

Há um mês, Kyla Blight, irmã de Tazmin, de 17 anos, também foi internada após sofrer um colapso pulmonar por uso excessivo de vape. A adolescente tragava até 4 mil vezes por semana, um consumo equivalente a 400 cigarros.

“É um pesadelo absoluto. É simplesmente horrível, ainda estou em choque”, lamenta Mark Blight, pai das garotas, em entrevista ao programa Good Morning Britain.

Uso excessivo do cigarro eletrônico

Tazmin começou a usar cigarros eletrônicos quando tinha apenas 13 anos e continuou mesmo após a hospitalização da irmã.

“Os médicos nos levaram direto para os exames por causa do que aconteceu com Kyla. Ela tinha pneumotórax, que acontece quando pequenos furos aparecem no seu pulmão e eles estouram. O da Kyla era bem grande e o da Tazmin, pequeno. O médico disse que o problema foi causado pelos vapes”, conta o pai.

A britânica, que é funcionária administrativa, consumia um frasco de 10 ml de cigarro eletrônico a cada cinco dias — ela dava até 600 tragadas diárias, o equivalente a quase 50 cigarros.

Tazmin participou de um ensaio clínico no hospital depois que uma tomografia computadorizada revelou que a inflamação nos pulmões dela havia diminuído. Ela ainda não precisou de cirurgia para drenagem do ar, e aguarda a melhora no quadro.

“Ela pode não precisar de cirurgia se o pulmão estiver melhor. Ela está apenas deitada no quarto e não tem feito muita coisa. Também está afastada do trabalho há algumas semanas. Tudo isso realmente a assustou”, explica o pai.

Mesmo com o caso da irmã, Tazmin admitiu que carregava o dispositivo o tempo todo e nunca acreditou que teria o mesmo problema.

“Eu acreditava que estava com gases presos ou algo assim. Você nunca espera que isso aconteça com você”, diz.

A jovem relatou que começou a sentir dores na sexta-feira (29/6). Quando chegou no trabalho, sentia uma forte pressão no peito, dores nas costas e nos ombros.

“Pensei em tentar dormir para passar, mas quando acordei, ainda sentia dor. Achei que deveria fazer um check-up depois do que aconteceu com Kyla. Ela estava muito pior do que eu. Mal posso esperar para que isso seja resolvido para que eu possa respirar corretamente e não sentir mais essa dor no peito”, explica Tazmin.

Ela contou ainda que recentemente trocou seus vapes descartáveis ​​por um recarregável, e substituia o líquido até quatro vezes por dia, mas agora planeja abandoná-los.

“Estou tentando parar. Pensei que fosse algo que aconteceu apenas uma vez com Kyla, mas agora aconteceu comigo também. Pude ver os efeitos a longo prazo desses vapes descartáveis ​​ou recarregáveis e isso pode acontecer com as pessoas a qualquer momento”, diz.

O pai das garotas afirmou que gostaria que os dispositivos fossem banidos completamente e lamentou que eles sejam comercializados para crianças e adolescentes.

“Me deparei com um de sabor de algodão-doce outro dia. Não é algo feito para mim, é voltado para as crianças. Sabemos o que os vapes estão fazendo com as pessoas, mas elas compram. Estou realmente satisfeito com o que estou fazendo para tornar esse caso público. Já tive pessoas me parando na rua para dizer que os filhos pararam de vaporizar por minha causa”, declara Mark.

 

Por Metrópoles

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