A conquista histórica da medalha de bronze por equipes da ginástica artística brasileira foi um feito e tanto para as atletas. Mas para Lorrane Oliveira o resultado tem um sentimento diferente. A ginasta subiu ao pódio 3 meses após perder a irmã e superar um quadro de depressão. Em abril, três dias antes de completar 26 anos, Lorrane perdeu Maria Luiza, aos 21 anos.
“Eu tô completamento sem chão, e procurando maneiras pra entender como vou seguir minha vida sem você. Você só tinha 21 anos, mas era tão inteligente, me aconselhava e me fazia mais forte como ninguém. O seu abraço era o mais reconfortante, principalmente nos momentos ruins. Te agradeço por me fazer enxergar a vida de outra maneira, por me ajudar a me tornar a mulher mais forte que sou hoje e por ser minha fã número 1”, escreveu na época. A causa da morte de Maria Luiza não foi revelada pela família da jovem.
Em sua homenagem, Lorrane faz questão de enfatizar que a irmã sempre foi a “sua pessoa” e que a “salvou”. Antes dos Jogos Olímpicos, a atleta superou um quadro de depressão que prejudicou seus treinos para Paris 2024. A medalhista contou com o apoio das colegas de seleção, do técnico Francisco Porath, o Chico, e de profissionais como psicólogos e psiquiatras.
“Tive depressão. No Mundial de 2022 eu já estava caminhando ali… Acabei o ano não tão bem. Por mais que a gente tenha conquistado um resultado bom, que foi o quarto por equipe, eu não estava tão bem. Comecei o ano bem mal. Vinha para o ginásio e não conseguia treinar, estava tendo crise de ansiedade, e acabou que não conseguia mais sair de casa para treinar. Foi uma época bem dura, assim difícil”, contou em entrevista ao UOL, antes dos Jogos.
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