Médicos que trabalham para o estado entram em greve, na manhã desta quarta-feira, 31, no Acre. Um ato na sede do sindicato, o Sindmed-AC, marca o início do movimento, que tem tempo indeterminado.
Durante a greve, serão mantidos somente os serviços de urgência e emergência, como os atendimentos graves nas UPAs e no Pronto-Socorro de Rio Branco. Plantões extras realizados nas unidades de saúde estão suspensos.
A categoria cobra do governo o pagamento de adicionais, melhorias nas condições de trabalho, mais segurança nos hospitais e a apresentação de uma contraproposta para o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR).
Em comunicado nesta terça, 30, o Sindmed-AC não descarta a possibilidade de protestos na frente à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), “caso seja necessário elevar o tom”.
“Não se trata de um ato por aumento salarial. Os médicos exigem apenas o pagamento dos valores devidos pelo governo”, explicou o presidente do sindicato, o médico Guilherme Pulici.
No último dia 24 de julho, após o indicativo de greve, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou, por meio de nota, que contratou a Fundação Dom Cabral (FDC) para revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) vigente, pedido feito pelo Sindmed.
Conforme o documento, o governo do Acre reiterou que, sempre que o Sindmed o procurou para discussões, foi atendido “e recebeu argumentações transparentes e íntegras sobre as tratativas e andamento da elaboração do novo PCCR”.
No que tange ao pagamento de adicionais – previstos em lei – a Sesacre informou ainda que tem se empenhando em “ajustar eventuais verbas em atraso e, muito embora as citadas verbas sejam devidas, conforme legislação em vigor, até o momento não foram pagas em virtude da ausência de solicitação individual por parte dos servidores constantes da relação elaborada pelo Sindicato dos Médicos do Acre”.