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Dois casos de febre oropouche no Acre são investigados pelo Ministério da Saúde

Foto: Reprodução/SES

No Acre, pelo menos dois supostos casos de febre oropouche estão sendo investigados. Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira, 25, pelo Ministério da Saúde. Ainda de acordo com informações, mais quatro pessoas estão sob investigação em todo o País.

Ainda na semana passada, durante a participação no programa “Bom Dia, Ministra”, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, comentou sobre os casos de febre Oropouche no Acre. À época, Trindade disse acreditar que muitos dos casos registrados como dengue, no Estado, eram na verdade, febre oropouche.

“É uma doença que está em vigilância […]Há uma sala de situação no Ministério da Saúde não só para dengue, mas para todas as doenças transmitidas por mosquitos e que causem preocupação na sociedade”, disse, acrescentando ainda que há casos em várias regiões. “Ainda que tenha tido uma concentração inicial na região Norte, mas temos casos em diferentes regiões do país”.

Mais casos em investigação

Ainda segundo o Ministério da Saúde, além dos dois casos investigados no Acre, mais três no Pernambuco e um na Bahia estão em análise. Dois, infelizmente, evoluíram para óbito fetal, com aborto espontâneo; três casos apresentaram anomalias congênitas. Estes últimos, passados de mãe para filho durante a gestação.

As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre a febre do oropouche e casos de malformação ou abortamento.

O Ministério da Saúde emitiu no dia 11 de julho de 2024 uma nota técnica a todos os estados e municípios recomendando a intensificação da vigilância em saúde após a confirmação de transmissão vertical do vírus oropouche pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), que identificou presença do genoma do vírus em um caso de morte fetal e de anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos.

Febre oropouche

O Ministério da Saúde orienta que todos os casos suspeitos e/ou com diagnóstico laboratorial de infecção pelo OROV devem ser investigados, visando descrever as características clínicas e epidemiológicas, bem como identificar as espécies de vetor envolvidas na transmissão.

Estão em andamento três grupos de pesquisa sobre febre do oropouche. Um deles, com foco em informações laboratoriais, tais como a linhagem do vírus e características genômicas. Outro acompanha as manifestações clínicas dos pacientes e o terceiro grupo investiga qual o ciclo da doença nos mosquitos transmissores.

A transmissão da doença é feita principalmente por “mosquito” conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Com informações do Ministério da Saúde

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