Em uma Terra Indígena de 24 mil hectares, em Mâncio Lima, distante 670 km da capital Rio Branco, o povo Puyanawa faz ecoar para o mundo a sua música, dança, pinturas e culinárias, por meio do 6º Festival Atsa Puyanawa.
A celebração, que teve início na quinta-feira , 18, e segue até segunda-feira, 22, surgiu com a proposta de fortalecer a cultura indígena da etnia, que tem como referência a atsa, como chamam a mandioca, a maior fonte de renda da comunidade.
Juntas, as aldeias Ipiranga e Barão, presentes na Terra Indígena Puyanawa, produzem uma média de 10 a 12 mil sacas de farinha de mandioca por ano (mais de meia tonelada), o suficiente para abastecer o mercado de Mâncio Lima.
Com a alta produção, realizada em 12 casas de farinha presentes na terra indígena, os Puyanawa conquistaram independência econômica e celebram esse momento durante o festival, que reverencia a atsa.
“Somos uma comunidade voltada a produzir o que vem da terra. Dos 774 habitantes da nossa terra, mais de 80% trabalham fazendo farinha de mandioca”, disse o agente agroflorestal José Marcondes Puyanawa.