O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), proporcionou uma tarde de lazer, beleza e cuidados pessoais para reeducandas da Unidade Penitenciária Manoel Neri, nesta terça-feira, 30, em Cruzeiro do Sul.
Durante o evento, foram oferecidos serviços de tingimento de cabelos, limpeza de pele, design de sobrancelhas, maquiagem e distribuição de kits de higiene pessoal. As participantes também receberam um lanche e puderam ter um momento de descontração e socialização.
A ação foi parte de uma iniciativa para proporcionar o bem-estar e cuidado pessoal às mulheres privadas de liberdade. As internas são participantes do projeto Costurando a Liberdade e trabalham com a descaracterização de peças de roupas.
Costurando a Liberdade é fruto de um acordo entre Semulher, Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Ministério Público do Acre (MPAC), Federação das Indústrias (Fieac) e Receita Federal. As vestimentas são apreendidas em ações da Receita, passam pela descaracterização e depois são doadas para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
“Atividades como essa são fundamentais na ressocialização das reeducandas, principalmente porque é oferecida a elas uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e possivelmente profissional. Essa inserção faz com que se sintam melhor, se sintam bem. Como policiais aqui da unidade, ficamos felizes e gratos pela iniciativa da Semulher”, destacou a chefe de Segurança, Danielen Fernandes.
A titular da pasta, Márdhia El-Shawwa, esteve presente e ressaltou o compromisso na promoção de oportunidades, reintegração e inclusão social. “A Secretaria da Mulher tem um olhar sensível a todas as mulheres, inclusive as que estão privadas de liberdade, então trazemos uma palavra de conforto e esperança para que cumpram as penas e continuem no projeto; dessa forma, quando saírem, serão reinseridas na sociedade”, explicou.
“Quero agradecer a presença de cada um de vocês, é muito bom quando recebemos vocês [da Semulher] pra conversar e pra fazer qualquer tipo de atividade. A partir do momento que vêm aqui, a gente entende que vocês trazem uma esperança, é como se dessem um voto de confiança e apostassem que merecemos uma mudança e que podemos nos inserir na sociedade”, relatou a reeducanda K.S., de 37 anos.